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UE critica legislação americana sobre mudança climática

Comissão europeia para ação climática afirmou que, enquanto os EUA não forem duros contra as mudanças climáticas, outros países se esconderam atrás deles

Obama deve ter dificuldade em aprovar mudanças ambientais após vitória dos republicanos (Win McNamee/Getty Images)

Obama deve ter dificuldade em aprovar mudanças ambientais após vitória dos republicanos (Win McNamee/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2010 às 17h01.

Cidade do México - A União Europeia (EU) criticou nesta sexta-feira a falta de progressos na aprovação de leis sobre mudança climática e eficiência energética nos Estados Unidos, o que deve piorar com os resultados das eleições de terça-feira no país, nas quais Obama perdeu a maioria na Câmara.

"Enquanto os EUA não tiverem uma legislação (em mudança climática), outros países se esconderão mais facilmente por trás deles", disse em entrevista à Agência Efe a comissária de ação climática europeia, a dinamarquesa Connie Hedegaard.

A comissária, quem participa no México da última reunião ministerial prévia à 16° Conferência das Partes da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-16), que começará em 29 de novembro em Cancún (México), disse que é difícil prever como as eleições "impactarão nas possibilidades de diferentes legislações" nos EUA.

Em 12 de maio, o Partido Democrata apresentou um projeto de lei energético e de mudança climática com medidas para a geração de "energia limpa" no país, entre elas a prospecção de petróleo em águas profundas sob certas condições.

Além disso, incluiu a redução de gases tóxicos que contribuem para o aquecimento global.

O presidente Barack Obama comprometeu-se na COP-15 a reduzir a emissão desses gases em 17% até 2020 em comparação aos níveis de 2005, além de incentivos para o uso de produtos de alta eficiência energética.

Esta semana, Obama afirmou que tentará buscar o apoio dos republicanos para aprovar aspectos particulares, como a energia nuclear e os padrões para automóveis.

Segundo Obama, entre as possíveis áreas de colaboração estariam as de energia e mudança climática.

"Eles necessitam fazer algo em termos de energia, e acho que muitos republicanos também terão que admitir isto", ressaltou Hedegaard.

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