Guerra na Ucrânia: a mulher trabalhava em uma base militar (AFP/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 7 de agosto de 2023 às 13h57.
Última atualização em 8 de agosto de 2023 às 08h05.
O serviço secreto da Ucrânia prendeu nesta segunda-feira, 7, uma mulher acusada de planejar o assassinato do presidente Volodymyr Zelensky e de atuar como informante para os russos.
Segundo o órgão, ela foi presa em flagrante, enquanto tentava se comunicar com agentes da inteligência russa.
Em nota, o serviço secreto, conhecido pela sigla SBU, afirmou que as suspeitas de que a mulher planejava o assassinato de Zelensky têm relação com seu comportamento pouco antes de uma visita do líder à região de Mikholaiv, no sul, no mês passado. Ela teria tentado prever o itinerário do presidente, listando os lugares da cidade por horário.
O SBU declarou em nota que prendeu uma "informante dos serviços secretos russos que conseguia informações sobre a visita prevista do presidente na região de Mykolaiv", perto da linha de frente, com planos de um "ataque aéreo em larga escala".
A mulher trabalhava em uma base militar e "tentou descobrir horários e locais incluídos no roteiro provisório do chefe de Estado na região", indicou a mesma fonte. O SBU divulgou uma foto desfocada da mulher, além de mensagens telefônicas e notas manuscritas sobre atividades militares.
Zelensky destacou nesta segunda-feira no Telegram que o SBU o informou desta tentativa de ataque e que "luta contra os traidores" da Ucrânia.
O presidente visitou a região de Mykolaiv em junho, após a destruição da represa de Kajovka, que provocou enchentes em amplas áreas do sul da Ucrânia após bombardeios. No comunicado, o SBU afirma que tomou "medidas adicionais de segurança" para a visita de Zelensky, mas que não prendeu a mulher imediatamente "para obter novas informações sobre seus 'padrinhos' russos e as tarefas que lhe incumbiam".
Segundo o SBU, ela tentou obter informações sobre a localização de sistemas eletrônicos de guerra e armazéns de munição ucranianos. A mulher foi presa em flagrante, quando estaria tentando passar a informação aos serviços secretos russos e pode ser condenada a 12 anos de prisão, informou o órgão.