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Ucrânia cogita revogar lei que dá status especial ao leste

Conselho de Segurança da Ucrânia vai discutir revogação da lei que dá ao leste ucraniano um status especial, com autonomia mais ampla

Separatista pró-Rússia em guarda durante eleições na região ucraniana de Donetsk (Maxim Zmeyev/Reuters)

Separatista pró-Rússia em guarda durante eleições na região ucraniana de Donetsk (Maxim Zmeyev/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2014 às 08h16.

Kiev - O Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia discutirá nesta terça-feira a revogação da lei que dá status especial do leste pró-Rússia da Ucrânia, com autonomia mais ampla, após as eleições no domingo nas repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk.

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, informou ontem à noite em comunicado que o órgão realizará na terça-feira uma sessão onde estudará a anulação da lei aprovada há duas semanas para diminuir a tensão no leste do país.

"Uma das questões que vou por na agenda do Conselho de Segurança e Defesa Nacional é o cancelamento da lei "Sobre o regime temporário de autogoverno em determinadas zonas das regiões de Donetsk e Lugansk"", assinalou o líder ucraniano.

Ele explicou que a realização de "pseudoeleições desrespeitou a lei e aguçou a situação em Donbass (bacia de Donetsk e Lugansk)".

"Estamos dispostos a conceder aquelas amplas faculdades previstas pela lei só aos órgãos de autogoverno escolhidos de forma legítima. E não aos bandidos que coroam a si mesmos", declarou Poroshenko em alusão aos líderes das regiões separatistas que ganharam o pleito do domingo.

A lei "Sobre o regime temporário de autogoverno em determinadas zonas das regiões de Donetsk e Lugansk" foi aprovada pelo parlamento a partir dos acordos alcançados em Minsk em 5 de setembro para a solução da crise ucraniana.

O documento concede faculdades mais amplas aos governos das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, mas uma das condições é que a eleição seja realizada nas datas determinadas por Kiev, o que foi negado pelos separatistas.

Os líderes rebeldes Aleksandr Zakharchenko e Igor Plotnitski foram escolhidos chefes das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, respectivamente, após terem recebido 63% dos votos nas eleições, que não foram reconhecidas por Kiev nem pelo Ocidente.

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