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Na TV, Serra sobe o tom das críticas a Dilma

Além do tom mais popular, a propaganda do PSDB engrossou as críticas a Dilma, comparando a experiência dos dois principais candidatos

A única crítica direta feita por Serra à adversária referiu-se ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (.)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

São Paulo - No horário nobre da TV, o PSDB apresentou hoje (24) o seu candidato à sucessão presidencial, José Serra, como um estadista que se preocupa com a população mais pobre e subiu o tom das críticas à principal adversária do tucano na disputa presidencial, Dilma Rousseff (PT).

A inserção de 7min18, veiculada no horário eleitoral gratuito, enumerou realizações do presidenciável à frente do governo de São Paulo que teriam melhorado as condições dos menos favorecidos. De acordo com a peça, Serra fez o programa Saúde da Família - "para os mais pobres" -, o Bolsa Alimentação - "para as famílias pobres" - e o lançamento dos genéricos - " para a Saúde do pobre". O candidato foi mostrado ainda como um homem de origem humilde e que "não tem o nariz empinado".

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Além do tom mais popular, a propaganda do PSDB engrossou as críticas a Dilma, reforçando estratégia da sigla de comparar a experiência administrativa dos dois principais candidatos. Os ataques à petista ficaram por conta principalmente de eleitores, que questionaram a capacidade da candidata do PT. "Se for analisar entre os dois, Serra tem mais qualificação", comentou um deles. "(Serra) é um político que tem bagagem. E a Dilma, o que é que tem?", questionou outro.

A única crítica direta feita por Serra à adversária referiu-se ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, principal cabo eleitoral da petista. "Eu não cheguei na vida pública agora e eu não preciso ficar na sombra de ninguém", afirmou. Nos segundo finais, a inserção do PSDB repetiu as críticas feitas na propaganda da tarde. O locutor afirmou que Dilma "está se achando" e afirmou já haver intrigas entre a candidata e Lula.

Na inserção exibida pelo PT, o foco principal foi educação. Num dueto com o presidente, Dilma destacou a área como a "prioridade máxima" de um eventual governo seu e listou uma série de promessas.

A propaganda garantiu que, se for eleita, a candidata irá construir mais escolas públicas, chegando a um total de 32.000 unidades no País, fará 6.000 creches e pré-escolas e instalará escolas profissionalizantes em cada município com população igual ou superior a 50 mil habitantes ou nas cidades que sejam centros regionais. A única estocada ao PSDB foi dada pelo locutor, o qual afirmou que, antes do governo Lula, o Brasil era um País "onde a educação básica não tinha recursos".

Outra candidata que tratou da área da educação na propaganda eleitoral foi Marina Silva, do PV. Numa conversa com moradores de uma comunidade pobre, a presidenciável ouviu as críticas feitas pela população e propôs a criação de unidades de ensino em tempo integral. "Eu sei que só a educação pode mudar o País", defendeu. No final da inserção, o cantor Caetano Veloso pediu votos para a candidata do PV.

Na peça de 1 minuto, Plínio de Arruda Sampaio, do PSOL, criticou a política de alianças dos governos do PT e PSDB e acusou as duas siglas de terem construído um muro que separa a população brasileira de seus direitos. "(Eles) adoram fazer alianças com aqueles que constroem esse muro", afirmou Plínio.

Ivan Pinheiro, do PCB, disse ser favorável à reestatização de companhias privatizadas por governos anteriores. Rui Costa Pimenta, do PCO, apresentou seu vice, Pedro Paulo de Abreu Pinheiro, agente postal, e afirmou ser contra a privatização dos Correios.

José Maria Eymael, do PSDC, pregou a igualdade de oportunidades para todos na educação. Zé Maria, do PSTU, defendeu a recomposição do valor das aposentadorias e o fim do fator previdenciário.

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