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Turquia quer criar "zona segura" para 4 milhões de refugiados na Síria

O presidente da Turquia afirmou que pretende transformar uma área de 32 quilômetros de largura em um local seguro para os sírios retornarem ao país

Turquia: "Em breve levaremos a paz, a segurança e a estabilidade ao leste do (rio) Eufrates", disse Erdogan (Cem Oksuz/Turkish Presidential Press Office/Reuters)

Turquia: "Em breve levaremos a paz, a segurança e a estabilidade ao leste do (rio) Eufrates", disse Erdogan (Cem Oksuz/Turkish Presidential Press Office/Reuters)

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EFE

Publicado em 28 de janeiro de 2019 às 10h24.

Última atualização em 28 de janeiro de 2019 às 10h25.

Istambul - A Turquia pretende a criar na Síria uma "zona segura", sem "terroristas", à qual poderiam retornar os milhões de sírios refugiados em território turco, afirmou nesta segunda-feira o presidente do país, Recep Tayyip Erdogan.

"Nossa intenção é estabelecer zonas seguras às quais possam retornar os quatro milhões de sírios que estão no nosso país. Acredito que o número de sírios que retornariam passaria dos milhões, uma vez que haja zonas seguras", disse Erdogan.

Em um encontro em Istambul de associações da Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho de países islâmicos, o presidente turco se referiu assim à proposta americana de estabelecer na Síria uma faixa fronteiriça de 32 quilômetros de largura sob controle da Turquia.

O líder disse que seu governo está fazendo "consultas positivas" com os Estados Unidos e a Rússia para "reforçar a segurança nacional e garantir a integridade territorial da Síria".

"Em breve levaremos a paz, a segurança e a estabilidade ao leste do (rio) Eufrates, assim como fizemos nas outras regiões", disse Erdogan, em referência à intervenção das tropas turcas ao norte de Aleppo e no cantão curdo de Afrin.

O presidente afirmou que quase já não há elementos do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) na Síria, mas lamentou que para lutar contra eles "os países ocidentais escolheram armar outra organização terrorista", em referência às milícias curdo-sírias Unidades de Proteção do Povo (YPG).

Erdogan acusou as YPG de terem "um acordo sujo" e "uma cooperação secreta" com o próprio EI, por ter negociado durante a conquista de algumas cidades a livre retirada dos milicianos jihadistas com suas armas.

"O que é ainda mais catastrófico, a organização terrorista YPG armou e treinou um setor do EI para usá-lo contra o nosso país", disse o presidente, prometendo que a Turquia em breve "limpará" a Síria completamente do grupo jihadista.

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