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Turquia prende dois supostos espiões ligados à morte de Khashoggi

Jornalista saudita foi assassinado no consulado da Arábia Saudita em Istambul em outubro do ano passado

Khashoggi: Turquia prendeu dois supostos espiões dos Emirados Árabes Unidos que estariam ligados ao assassinato do jornalista saudita (Andrew Harrer/Bloomberg/Getty Images)

Khashoggi: Turquia prendeu dois supostos espiões dos Emirados Árabes Unidos que estariam ligados ao assassinato do jornalista saudita (Andrew Harrer/Bloomberg/Getty Images)

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EFE

Publicado em 19 de abril de 2019 às 13h23.

Istambul - As forças de segurança da Turquia prenderam dois supostos espiões dos Emirados Árabes Unidos que estariam ligados ao assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi, informou nesta sexta-feira a agência de notícias turca "Anadolu".

O Ministério Público de Istambul ordenou a prisão dos dois suspeitos, que não tiveram a nacionalidade revelada, e investiga agora a possível relação deles com a morte de Khashoggi, assassinado no consulado da Arábia Saudita em Istambul em outubro do ano passado.

Embora já se saiba que o crime foi cometido por uma equipe de agentes sauditas, ainda há dúvidas sobre se houve um "colaborador local" responsável por ocultar o corpo.

De acordo com a rede de televisão pública turca "TRT", os dois suspeitos fizeram frequentes viagens à Turquia, embora um deles tenha chegado ao país depois do assassinato de Khashoggi.

A emissora afirma que os dois supostos agentes confessaram durante o interrogatório que foram enviados para coletar informações sobre pessoas de origem árabe residentes na Turquia. Eles foram detidos sob a acusação de "espionagem militar, política e internacional", e o Ministério Público pede prisão preventiva para ambos.

Os Emirados Árabes são um dos aliados mais próximos da Arábia Saudita e pertencem a um grupo geopolítico oposto ao da Turquia, que na região do Golfo Pérsico apoia o Catar, o que gerou tensões entre Ancara e Riad.

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