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Trump planeja redução de impostos e ataque à globalização

"Americanismo, não globalismo, será o novo credo", afirmou o candidato republicano em discurso em Detroit

Trump: "americanismo, não globalismo, será o novo credo", afirmou o candidato republicano em discurso em Detroit (Eric Thayer / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2016 às 15h45.

Washington - Em um discurso interrompido 12 vezes por protestos, Donald Trump apresentou nesta segunda-feira um plano econômico nacionalista, que também prevê uma das maiores reduções de impostos das últimas décadas e extensa eliminação de regulações.

"Americanismo, não globalismo, será o novo credo", afirmou o candidato republicano em discurso em Detroit.

Trump atacou acordos comerciais e prometeu uma postura mais agressiva em relação à China, caso seja eleito.

O bilionário de Nova York disse que rejeitará o Tratado da Parceria Transpacífico (TPP) e renegociará os termos do acordo comerciais que reúne EUA, Canadá e México (Nafta) desde 1994. O país abandonará o tratado se não conseguir novos termos, afirmou Trump.

O bilionário atacou a globalização e prometeu o retorno ao passado no qual operários americanos trabalhavam em minas de carvão e usinas de aço. Ainda assim, disse que é o candidato do futuro.

"Carros americanos vão andar em nossas estradas, aviões americanos vão ligar nossas cidades, navios americanos vão patrulhar nossos mares e aço americano vai levantar nossos arranha-céus."

O plano econômico foi apresentado em Detroit, que foi a capital da indústria automobilística americana durante grande parte do século 20.

Muitas das fábricas abandonaram a cidade nas últimas décadas, processo que foi acompanhado de um processo de empobrecimento e redução da população.

Trump prometeu reduzir de 35% para 15% a alíquota máxima sobre o lucro de pessoas físicas e prometeu uma moratória em novas regulações em seu eventual governo.

Ao mesmo tempo, o bilionário disse que adotará um ambicioso plano de investimento em infraestrutura.

Críticos sustentam que as contas do programa do candidato não fecham. Segundo eles, a drástica redução de impostos aumentará o déficit fiscal e o endividamento do país e reduzirá recursos disponíveis para cumprir as demais promessas.

Fiel à ideologia do Partido Republicano, Trump afirmou que a redução de tributos aumentará investimentos e o crescimento econômico.

Entre as regulações que o bilionário prometeu reduzir estão as aplicadas ao setor automobilístico -"um dos mais reguladores dos EUA e do mundo", disse.

Mas ele não explicou como conciliará essa mudança com exportações de carros americanos para países que adotam regras mais estritas.

A China foi o grande alvo do discurso de Trump, que acusou o país de manipular a cotação de sua moeda, conceder subsídios ilegais, desrespeitar propriedade intelectual e ignorar regulações trabalhistas e ambientais.

O bilionário prometeu confrontar o que classificou como "trapaças" da China e outros países. "Nós vamos trazer milhões de empregos para os Estados Unidos", afirmou. "Tão simples."

O discurso contra a globalização e acordos comerciais têm apelo junto aos operários americanos que viram as linhas de montagem do país diminuírem com o processo de integração econômica mundial.

A principal base de apoio de Trump são homens brancos sem educação superior. Com seu discurso, o candidato apela ao sentimento de nostalgia em relação a um passado de empregos estáveis nas fábricas do país.

Apesar de dizer que o "isolamento" não é a solução, o bilionário insistiu na supremacia do "Made in America" e prometeu adotar medidas que aumentem a vantagem competitiva do país no cenário mundial.

O discurso desta segunda-feira foi uma tentativa de Trump de recolocar sua campanha nos trilhos.

A semana passada foi desastrosa para o candidato, que viu queda de seus números nas pesquisas eleitorais depois do confronto que protagonizou com os pais muçulmanos de um soldado americano morto no Iraque.

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Washington - Em um discurso interrompido 12 vezes por protestos, Donald Trump apresentou nesta segunda-feira um plano econômico nacionalista, que também prevê uma das maiores reduções de impostos das últimas décadas e extensa eliminação de regulações.

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Trump atacou acordos comerciais e prometeu uma postura mais agressiva em relação à China, caso seja eleito.

O bilionário de Nova York disse que rejeitará o Tratado da Parceria Transpacífico (TPP) e renegociará os termos do acordo comerciais que reúne EUA, Canadá e México (Nafta) desde 1994. O país abandonará o tratado se não conseguir novos termos, afirmou Trump.

O bilionário atacou a globalização e prometeu o retorno ao passado no qual operários americanos trabalhavam em minas de carvão e usinas de aço. Ainda assim, disse que é o candidato do futuro.

"Carros americanos vão andar em nossas estradas, aviões americanos vão ligar nossas cidades, navios americanos vão patrulhar nossos mares e aço americano vai levantar nossos arranha-céus."

O plano econômico foi apresentado em Detroit, que foi a capital da indústria automobilística americana durante grande parte do século 20.

Muitas das fábricas abandonaram a cidade nas últimas décadas, processo que foi acompanhado de um processo de empobrecimento e redução da população.

Trump prometeu reduzir de 35% para 15% a alíquota máxima sobre o lucro de pessoas físicas e prometeu uma moratória em novas regulações em seu eventual governo.

Ao mesmo tempo, o bilionário disse que adotará um ambicioso plano de investimento em infraestrutura.

Críticos sustentam que as contas do programa do candidato não fecham. Segundo eles, a drástica redução de impostos aumentará o déficit fiscal e o endividamento do país e reduzirá recursos disponíveis para cumprir as demais promessas.

Fiel à ideologia do Partido Republicano, Trump afirmou que a redução de tributos aumentará investimentos e o crescimento econômico.

Entre as regulações que o bilionário prometeu reduzir estão as aplicadas ao setor automobilístico -"um dos mais reguladores dos EUA e do mundo", disse.

Mas ele não explicou como conciliará essa mudança com exportações de carros americanos para países que adotam regras mais estritas.

A China foi o grande alvo do discurso de Trump, que acusou o país de manipular a cotação de sua moeda, conceder subsídios ilegais, desrespeitar propriedade intelectual e ignorar regulações trabalhistas e ambientais.

O bilionário prometeu confrontar o que classificou como "trapaças" da China e outros países. "Nós vamos trazer milhões de empregos para os Estados Unidos", afirmou. "Tão simples."

O discurso contra a globalização e acordos comerciais têm apelo junto aos operários americanos que viram as linhas de montagem do país diminuírem com o processo de integração econômica mundial.

A principal base de apoio de Trump são homens brancos sem educação superior. Com seu discurso, o candidato apela ao sentimento de nostalgia em relação a um passado de empregos estáveis nas fábricas do país.

Apesar de dizer que o "isolamento" não é a solução, o bilionário insistiu na supremacia do "Made in America" e prometeu adotar medidas que aumentem a vantagem competitiva do país no cenário mundial.

O discurso desta segunda-feira foi uma tentativa de Trump de recolocar sua campanha nos trilhos.

A semana passada foi desastrosa para o candidato, que viu queda de seus números nas pesquisas eleitorais depois do confronto que protagonizou com os pais muçulmanos de um soldado americano morto no Iraque.

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