Trump: "Por que Obama não fez algo sobre a ingerência? Por que os crimes democratas não estão sob investigação? Perguntem a Jeff Sessions!" (Rob Carr/Reuters)
EFE
Publicado em 21 de fevereiro de 2018 às 16h32.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta quarta-feira ao seu procurador-geral, Jeff Sessions, que investigue Barack Obama e os democratas porque a suposta ingerência russa nas eleições de 2016 aconteceu sob o mandato de seu antecessor.
"Pergunta: se toda a ingerência russa aconteceu durante o governo Obama, justamente até 20 de janeiro, por que não eles não são alvo da investigação?", ressaltou Trump em sua conta do Twitter, ao se referir à data em que chegou à Casa Branca, em 2017.
"Por que Obama não fez algo sobre a ingerência? Por que os crimes democratas não estão sob investigação? Perguntem a Jeff Sessions!", acrescentou Trump, em referência ao procurador-geral.
Sessions se distanciou da investigação iniciada pelo Departamento de Justiça, após ser revelado que teve encontros em 2016 com Sergey Kislyak, ex-embaixador russo em Washington.
Antes de concluir seu mandato, Obama impôs sanções econômicas contra instituições e empresas da Rússia pelos ataques cibernéticos registrados durante a campanha eleitoral e ordenou a expulsão de 35 diplomatas russos, entre eles o cônsul em San Francisco (Califórnia).
O procurador especial Robert Mueller é o responsável de investigar os possíveis laços entre membros da campanha de Trump e o governo russo, acusado pelas agências de inteligência dos EUA, entre elas o FBI e a CIA, de interferir nas eleições de 2016 para favorecer o candidato republicano frente a sua rival democrata, Hillary Clinton.
Mueller acusou formalmente de diversos crimes 13 cidadãos russos e três empresas do país de ter lançado "uma guerra de informação" na internet para dividir a sociedade americana.
Previamente, o procurador especial também tinha acusado quatro pessoas relacionadas com o atual presidente: Rick Gates; Paul Manafort; seu ex-assessor de segurança na Casa Branca Michael Flynn, e outro ex-assessor, George Papadopoulos, que trabalhou para Trump durante as eleições.