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Trump não descarta invasão à Venezuela e diz que Maduro tem 'dias contados'

Presidente dos EUA afirma que ditador venezuelano enviou criminosos ao país e se recusa a comentar possível ação militar

Donald Trump: presidente deu entrevista ao site Politico (Roberto Schmidt/Getty Images)

Donald Trump: presidente deu entrevista ao site Politico (Roberto Schmidt/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 9 de dezembro de 2025 às 10h09.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a declarar que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, “está com os dias contados” e afirmou que seu governo pode realizar operações em solo venezuelano.

Em entrevista ao site Politico, publicada nesta terça-feira, 8, Trump não quis confirmar uma possível invasão, mas disse que haverá ataques. “Vamos atingir eles em terra muito em breve”, afirmou. A frase foi dita em resposta a uma pergunta sobre operações contra o tráfico de drogas.

Trump repetiu uma acusação que faz desde a campanha eleitoral, sem provas, de que o governo Maduro teria enviado milhões de imigrantes aos Estados Unidos, incluindo “criminosos, traficantes e pacientes de instituições psiquiátricas”.

Novamente, Trump acusou o ex-presidente Joe Biden de falhar no controle das fronteiras e permitir a entrada de criminosos. “Alguns são tão perigosos e tão ruins que não queremos devolvê-los ao seu país, pois eles darão um jeito de voltar. Mas esses são assassinos de sangue-frio.”

A Venezuela não foi o único país latino citado pelo americano na entrevista. Trump afirmou que também pode agir contra o México e a Colômbia, devido ao tráfico de fentanil. Disse que cada barco interceptado evita 25 mil mortes por drogas e que novas operações estão em planejamento.

Sobre os imigrantes venezuelanos que vivem legalmente nos EUA, especialmente na Flórida, fez um aceno positivo. “São trabalhadores, contribuem. Conheço bem essa comunidade em Doral.”

Ucrânia, Rússia e o fim do apoio financeiro

Trump afirmou que os Estados Unidos não estão mais repassando dinheiro à Ucrânia desde o envio de US$ 350 bilhões durante a gestão Biden. Ele responsabilizou o atual presidente, Volodymyr Zelensky, pelo prolongamento da guerra.

Disse que o conflito não teria começado se ele estivesse no cargo em 2020 e que a Rússia está em posição superior. Também cobrou novas eleições na Ucrânia e afirmou que Zelensky ainda não leu as propostas de cessar-fogo.

Trump negou que pretenda controlar a Europa, mas afirmou que tem forte influência sobre os aliados. Disse que aumentou os repasses de países-membros à OTAN e que a aliança militar o trata como líder. “A Otan me chama de papai", afirmou.

Sobre a possibilidade de interferir em eleições no continente, disse que “não quer governar a Europa”, mas admitiu ter endossado nomes como Viktor Orbán, na Hungria.

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