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Em "escala" na Polônia, Trump deve encontrar pautas familiares

Antes de partir rumo à reunião do G20, o presidente passará o dia no país do partido de direita Lei e Justiça

Donald Trump: de certa forma, Trump deve se sentir em casa no país (Donald Trump/Divulgação)

Donald Trump: de certa forma, Trump deve se sentir em casa no país (Donald Trump/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2017 às 06h32.

Última atualização em 6 de julho de 2017 às 08h54.

O presidente americano Donald Trump tem nesta quinta-feira uma agenda peculiar antes de ir para a reunião do G20 em Hamburgo, que começa amanhã. Trump passa o dia hoje na Polônia, um país que não é exatamente um líder global em termos de política internacional.

É bastante comum que líderes internacionais cheguem alguns dias antes do encontro para tratar de questões bilaterais com parceiros estratégicos, mas a ida de Trump à Polônia levou ao questionamento de muitos países e veículos de imprensa.

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Para o partido de direita Lei e Justiça, o maior partido dentro do parlamento polonês, a ida do americano é motivo de orgulho. Há inclusive cartazes anunciando o discurso que Trump fará hoje na Praça Krasinski, em Varsóvia. 

“Nós temos um novo sucesso, a visita de Trump”, disse Jaroslaw Kaczynski, líder do partido em um discurso na semana passada. Para ele, a visita de Trump está fazendo outros países da Europa “invejarem” a Polônia.

De certa forma, Trump deve se sentir em casa por lá, onde o Lei e Justiça apregoa pautas muito comuns a do americano: desde a descrença com o aquecimento global até a proibição de entrada para imigrantes e refugiados.

Embora inveja não seja o termo certo, outros países da Europa estão realmente preocupados com a visita. Principalmente porque a viagem está sendo interpretada como um apoio tácito ao governo polonês, que tem ameaçado não só a mídia como também juízes e oponentes políticos.

Há um temor de que a visita de Trump possa aprofundar a fissura entre o leste e oeste europeu e fortalecer líderes como o próprio Kaczynski e o primeiro ministro da Hungria, Viktor Orban, também criticado por um leve autoritarismo de direita.

Na sexta-feira, Trump deve se encontrar com o presidente russo Vladimir Putin nos bastidores do G20 e nem mesmo seus assessores mais próximos sabem o teor da conversa de antemão.

Com as denúncias de que o governo russo interferiu nas eleições americanas para ajudar a vitória de Trump, a incerteza é justamente o problema de tal reunião. Para aliados e opositores, essa viagem será longa.

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