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Trump garante que EUA "não vão entrar" na Síria

Trump também se referiu a Assad como um "animal" e disse que o presidente russo está apoiando "uma pessoa verdadeiramente malvada"

Trump: "Não vamos entrar na Síria", afirmou Trump em uma entrevista à emissora "Fox Business" (Carlos Barria/Reuters)
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EFE

Publicado em 11 de abril de 2017 às 22h20.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , garantiu nesta terça-feira que não tem intenção de mandar tropas à Síria para combater Bashar al Assad, depois de ordenar na semana passada o primeiro ataque direto contra o regime em seis anos de conflito.

"Não vamos entrar na Síria", afirmou Trump em uma entrevista à emissora "Fox Business", que será transmitida nesta quarta-feira, mas que teve alguns trechos antecipados hoje.

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"Mas, quando vejo gente que utiliza horríveis, horríveis armas químicas, e vejo meninos formosos morrendo nos braços de seus pais, ou vejo meninos implorando por sua vida... Quando vi isso, liguei imediatamente para o (chefe do Pentágono) general (James) Mattis", acrescentou.

Trump se referiu assim ao ataque do último dia 4 de abril no qual os EUA bombardearam um aeroporto próximo à cidade de Homs do qual supostamente o governo de Assad tinha lançado um ataque com armas químicas no qual morreram mais de 80 pessoas.

O presidente americano, que sempre disse que seu antecessor, Barack Obama, não devia intervir na Síria, afirmou o contrário nesta entrevista: "O que eu fiz devia ter sido feito há muito tempo pelo governo de Obama. Acredito que a Síria estaria muito melhor agora".

Trump também se referiu a Assad como um "animal" e disse que o presidente russo, Vladimir Putin, está apoiando "uma pessoa verdadeiramente malvada", em referência ao líder sírio.

No entanto, nos trechos antecipados pela "Fox Business", Trump não faz referência alguma à continuidade de Assad no poder, diferente de alguns dos membros de seu gabinete que afirmaram que o líder sírio deve deixar o cargo.

Apesar de não intervir diretamente contra Assad, os Estados Unidos apoiaram os grupos opositores que combatem o líder sírio e desde 2014 também lideram a coalizão militar internacional que luta contra o Estado Islâmico (EI) na Síria.

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