Trump: "Vamos brigar contra essa terrível decisão, vamos chegar até a Suprema Corte, ganhar e manter seguros nosso país e nossos cidadãos" (Mario Tama/Getty Images)
EFE
Publicado em 15 de março de 2017 às 22h53.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avisou nesta quarta-feira, após saber que seu novo decreto migratório também foi suspenso pela Justiça, que levará a batalha legal à Suprema Corte e que sairá vitorioso do embate.
"Vamos brigar contra essa terrível decisão, vamos chegar até a Suprema Corte, ganhar e manter seguros nosso país e nossos cidadãos", disse Trump em um ato em Nashville, no Tennessee.
As declarações do presidente foram uma resposta à decisão do juiz Derrick Watson, do Havaí, que suspendeu o decreto migratório de Trump, que entraria em vigor no primeiro minuto de amanhã.
Trump classificou a decisão de Watson como um "excesso judicial sem precedentes" e reiterou que a Constituição do país concede poderes ao presidente para suspender a imigração em prol da segurança nacional.
Além disso, antecipando que os recursos apresentados pelo governo serão negados no Tribunal de Apelações do Nono Circuito - uma corte que Trump considera "politizada" -, o republicano avisou que levará a batalha legal sobre o decreto até a Suprema Corte.
"Acredito que devemos voltar ao primeiro decreto e percorrer todo o caminho até a Suprema Corte. Isso é o que eu queria ter feito em primeiro lugar", disse o presidente.
Trump citou assim a primeira ordem executiva suspensa pela Justiça no início de fevereiro. O presidente apresentou no dia 6 de março uma versão revisada da medida, na qual introduziu mudanças ao tom do decreto com a intenção de evitar a Justiça.
A nova medida de Trump suspendia durante 120 dias o programa de amparo de refugiados e por 90 a entrada de cidadãos procedentes de Irã, Somália, Sudão, Síria, Iêmen e Líbia.
Diferentemente do primeiro texto, o novo decreto deixa de fora da lista de banidos os cidadãos do Iraque e modifica as medidas em relação aos refugiados sírios, que terão a entrada no país proibida durante 120 dias e não de forma indefinida como estabelecia a ordem executiva inicial de Trump.