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Trump diz que relatório de impeachment é "uma piada"

Durante a cúpula da Otan, Trump reclamou da audiência do impeachment, que foi marcada enquanto ele estava fora dos EUA

Trump: presidente americano participou da cúpula da Otan nesta quarta (4) (Dan Kitwood/Getty Images)

Trump: presidente americano participou da cúpula da Otan nesta quarta (4) (Dan Kitwood/Getty Images)

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EFE

Publicado em 4 de dezembro de 2019 às 14h40.

Última atualização em 4 de dezembro de 2019 às 16h07.

Londres — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou como "piada" e "desgraça" o documento impulsionado por democratas para fundamentar o possível impeachment do governante.

Durante a cúpula da Otan em Watford, na Inglaterra, Trump expressou à imprensa o descontentamento com o processo e reclamou da escolha da data de hoje (quando se sabia que ele estaria no Reino Unido) para a realização da sessão do Comitê Judiciário da Câmara dos Deputados, que analisará o trâmite iniciado pelos democratas.

"É uma vergonha que o tempo esteja sendo desperdiçado" com isso, disse Trump ao se reunir com o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, paralelamente à cúpula da Otan.

Na opinião de Trump, os democratas se agarram à possibilidade de impeachment (que ainda precisaria ser aprovado pelo Senado, onde os republicanos são maioria) porque estão mal nas pesquisas para as eleições presidenciais do ano que vem.

"A palavra 'impeachment' é ruim. Só deve ser usada em ocasiões especiais. Isso não deve voltar a acontecer com um presidente. É uma desgraça para o país", disse o republicano.

A investigação impulsionada pelos democratas para abrir um processo de impeachment contra Trump entrou hoje em uma nova fase com a aprovação do relatório que servirá como base para uma eventual acusação.

O Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados revelou, em um documento de 300 páginas, os argumentos para o possível impeachment de Trump, acusado de ter colocado "interesses pessoais e políticos" acima dos interesses dos Estados Unidos.

O relatório mostra que Trump supostamente condicionou a prestação de assistência militar à Ucrânia à abertura de investigações por Kiev sobre o ex-vice-presidente e possível rival eleitoral Joe Biden, e seu filho Hunter, por suposta corrupção no país europeu, o que beneficiaria a campanha de Trump para a reeleição.

Como resultado da investigação legislativa, os democratas da Câmara dos Representantes afirmam que Trump cometeu abuso de poder, obstruiu as investigações do Congresso e comprometeu a segurança nacional.

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