Mundo

Trump diz que ficaria "honrado" em se encontrar com Kim Jong Un

Presidente americano disse que ficaria honrado em se encontrar com o jovem líder da Coreia do Norte sob as circunstâncias certas

Donald Trump: "se fosse apropriado para mim encontrá-lo, eu certamente iria, ficaria honrado em fazê-lo" (Kevin Lamarque/Reuters)

Donald Trump: "se fosse apropriado para mim encontrá-lo, eu certamente iria, ficaria honrado em fazê-lo" (Kevin Lamarque/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 2 de maio de 2017 às 09h52.

Washington / Seul - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, abriu as portas nesta segunda-feira para um encontro com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, dizendo que ficaria honrado em se encontrar com o jovem líder sob as circunstâncias certas, mesmo que Pyongyang tenha sugerido que irá continuar seus testes de armas nucleares.

"Se fosse apropriado para mim encontrá-lo, eu certamente iria, ficaria honrado em fazê-lo", disse Trump em entrevista à Bloomberg News. "Sob as circunstâncias certas, me encontraria com ele", acrescentou.

Trump não disse quais condições seriam necessárias para tal encontro ou quando poderia acontecer, mas a Casa Branca informou posteriormente que a Coreia do Norte precisaria esclarecer muitas condições antes da realização de um encontro. "Claramente condições não estão lá agora", disse o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer.

"Não vejo isto acontecer tão cedo", acrescentou Spicer.

Trump, que assumiu em janeiro, disse durante sua campanha presidencial que estaria disposto a se encontrar com Kim.

Desde então o seu governo tem dito que a Coreia do Norte precisa concordar em abandonar seu programa nuclear.

Na sexta-feira, o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, disse ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que Washington não irá negociar com a Coreia do Norte. O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, anteriormente nesta segunda-feira, disse que Trump deixou claro "que a era de paciência estratégica acabou".

Posteriormente nesta segunda-feira, uma porta-voz do Departamento de Estado norte-americano disse em comunicado: "Os Estados Unidos continuam abertos a conversas convincentes sobre a desnuclearização da península coreana; no entanto, condições devem mudar antes de haver qualquer oportunidade para retomada de conversas", acrescentando que a Coreia do Norte deve abandonar seu programa de armas nucleares.

As tensões na península coreana têm sido subido por semanas, motivadas pelo temor de que o Norte possa realizar um teste de mísseis de longo alcance, ou seu sexto teste nuclear, por volta da data de aniversário de 15 de abril do nascimento do seu fundador.

A Coreia do Norte disse, mais cedo nesta segunda-feira, que irá impulsionar sua força nuclear "ao máximo" de uma "maneira sucessiva e consecutiva em qualquer momento" em face ao que chama de agressão e histeria dos EUA.

A Coreia do Norte, tecnicamente ainda em guerra com o Sul após o conflito de 1950 a 1953 terminar em uma trégua, e não em um tratado, regularmente ameaça destruir os EUA, Japão e Coreia do Sul e tem dito que irá seguir com seus programas nuclear e de mísseis para conter perceptível agressão norte-americana.

Trump alertou em entrevista à Reuters na quinta-feira que um "grande, grande conflito" com a Coreia do Norte é possível, enquanto a China informou na semana passada que a situação na península coreana pode aumentar ou fugir do controle.

Acompanhe tudo sobre:Coreia do NorteDonald TrumpEstados Unidos (EUA)Kim Jong-un

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua