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Trump diz não querer guerra — e foco vai do Irã à China

As atenções tendem a se voltar para a organização da cúpula do G20, que será realizada entre sexta-feira e sábado, em Osaka, no Japão

DONALD TRUMP: o presidente americano recuou de ataque ao Irã após conversa com apresentador da Fox News / Leah Millis/Reuters
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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2019 às 06h38.

Última atualização em 24 de junho de 2019 às 06h47.

Após a escalada de entre Estados Unidos e Irã na semana passada, os próximos dias podem ser de mais otimismo no cenário internacional. As atenções tendem a se voltar para a organização da cúpula do G20, que será realizada entre sexta-feira e sábado, em Osaka, no Japão.

As disputas entre Irã e EUA devem ganhar panos quentes nos próximos dias. O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, anunciou que visitará Arábia Saudita e Emirados Árabes para conversas sobre um drone derrubado pelo Irã na semana passada. O ataque fez o presidente americano, Donald Trump, ordenar, e depois, cancelar, um ataque ao Irã que deixaria, segundo estimativas, 150 mortos.

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As disputas entre Irã e Estados Unidos fizeram o preço do petróleo subir 9% na semana passada e levaram analistas a prever uma nova guerra no Oriente Médio. O presidente iraniano, Hassan Rouhani, voltou a ameaçar, no fim de semana, os Estados Unidos e seus aliados caso seja atacado. Mas do lado americano uma resposta bélica é cada vez menos provável.

Pompeo reiterou a disposição americana ao diálogo para melhorar as relações com o Irã, país que os Estados Unidos buscaram isolar da comunidade internacional com duras sanções. No fim de semana o jornal americano The New York Times revelou que Trump desitiu do ataque após conversa com o apresentador do canal conservador Fox News, Tucker Carlson. Carlson disse a Trump que ele não seria reeleito caso atacasse o Irã. Em entrevista à NBC, Trump disse que “não está buscando uma guerra”.

O presidente lançou na semana passada sua campanha de reeleição, cuja pauta deve ser cada vez mais importante em sua agenda. É também em clima de pré-campanha que Trump chega ao Japão para o G20.

O fórum que reúne as 20 principais economias do mundo deve ter mais uma vez como protagonistas o presidente americano, Donald Trump, e o chinês Xi Jinping. Na cúpula do G20 na Argentina, no fim de 2018, os dois selaram uma trégua na guerra comercial que vêm travando, mas nos últimos meses os discursos voltaram a recrudescer.

O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, será um dos três oradores principais de uma sessão focada em inovação e tecnologia. São dois temas que não fazer parte de sua agenda de prioridades, mas que, segundo o Itamaraty, foram escolhidos pelo governo. Bolsonaro também deve aproveitar a ida ao Japão para um reunião com os líderes dos Brics, grupos de países que reúne, além do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O grupo se reúne formalmente em novembro, em Brasília.

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