Trump: Durante entrevista coletiva, ele garantiu estar decidido a "conseguir uma desnuclearização da península coreana" (Leah Millis/Reuters)
EFE
Publicado em 6 de março de 2018 às 21h02.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta terça-feira que acredita que a Coreia do Norte está sendo "sincera" nos seus esforços de diálogo com Washington e Seul, mas disse que só chegou a esse ponto graças às sanções internacionais e à pressão da China.
"Acredito que são sinceros, mas acredito que são sinceros também devido às sanções e ao que estamos fazendo a respeito da Coreia do Norte, e à ajuda que recebemos da China", disse Trump em entrevista coletiva junto ao primeiro-ministro sueco, Stefan Löfven.
"Acredito que isso foi um fator. As sanções tiveram muito impacto", afirmou Trump.
O presidente americano reagiu hoje com otimismo, mas também com cautela à afirmação do líder norte-coreano, Kim Jong-un, que se desfaria das suas armas nucleares se fosse garantida a permanência do regime.
"Veremos o que acontece, parece que estão atuando de forma positiva", destacou Trump aos jornalistas no começo da sua reunião com o primeiro-ministro sueco.
Durante a entrevista coletiva, Trump garantiu estar decidido a "conseguir uma desnuclearização da península coreana", um objetivo ao qual seu governo condicionou qualquer diálogo com Pyongyang.
Kim expressou hoje, em reunião com funcionários sul-coreanos, sua disposição a discutir com Washington sobre a desnuclearização, e afirmou que o abandono das armas nucleares na península da Coreia foi o desejo manifestado por seu pai, Kim Jong-il, antes de morrer em 2011.
Pyongyang não impôs nenhuma condição específica para sentar-se à mesa de negociações, mas ressaltou sua aspiração de "ser tratado de forma séria como um interlocutor", segundo explicou o líder da delegação sul-coreana, Chung Eui-yong.
As conversas de seis lados para a desnuclearização da península norte-coreana (nas quais participam as duas Coreias, EUA, China, Rússia e Japão) permanecem estagnadas há mais de uma década, e representam até o momento o último contato substancial entre Pyongyang e Washington em relação ao programa nuclear norte-coreano. EFE