Mundo

Trump anuncia bônus de Natal para militares e promete baixar preços em discurso

Presidente fez discurso pela TV na noite desta quarta-feira, no qual fez ataques a Biden e mostrou gráficos para destacar dados econômicos

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, durante discurso, em 17 de dezembro (Doug Mills/AFP)

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, durante discurso, em 17 de dezembro (Doug Mills/AFP)

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de internacional e economia

Publicado em 17 de dezembro de 2025 às 23h43.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um discurso ao vivo na noite desta quarta-feira, 17, no horário nobre da TV americana, para defender sua atuação na economia e prometer que os preços vão baixar no país.

Trump também anunciou o pagamento de um bônus a mais de 1,4 milhão de militares americanos, de US$ 1.776 para cada um, antes do Natal. O número faz referência ao ano da Independência dos EUA.

Desde o início do discurso, Trump fez ataques à atuação do antecessor, Joe Biden, em diversas áreas. Disse que, em apenas alguns meses, "passamos do pior para o melhor", graças às deportações de imigrantes.

"Nosso país era motivo de chacota no mundo todo, mas não estão mais rindo. Nos últimos 11 meses, realizamos mais mudanças positivas em Washington do que qualquer outra administração na história dos Estados Unidos. Nunca houve nada igual", disse Trump no início de seu discurso.

Em seguida, ele comparou sua política de imigração com a da administração anterior, que ele acusou de ter "inundado" cidades com imigrantes indocumentados e de libertar criminosos violentos que, segundo ele, colocavam pessoas inocentes em perigo.

De acordo com o presidente, sua administração prioriza "cidadãos cumpridores da lei e trabalhadores" e representa uma mudança radical em relação ao que ele descreveu como anos de imigração descontrolada. Sem apresentar qualquer prova, Trump afirmou que nenhum imigrante ilegal entrou no país nos últimos sete meses.

O republicano buscou destacar algumas das conquistas econômicas de seu governo, afirmando que "os salários estão subindo mais rápido que a inflação" e que os preços de muitos serviços e produtos diminuíram, mencionando exemplos como uma "queda de 22% nos preços dos carros" e a gasolina a US$ 2,50 por galão.

Ao longo do discurso, de menos de 20 minutos, Trump apresentou gráficos que comparavam preços de itens em seu governo e na gestão anterior. Ele falou em um salão da Casa Branca, com decorações de Natal ao fundo.

O líder americano também fez promessas em diversas outras áreas, como baixar os custos de energia, de medicamentos, de plano de saúde e da compra de imóveis.

"No novo ano, eu vou anunciar um dos planos de reforma habitacional mais agressivos da história dos EUA", prometeu. Trump disse ainda que a expulsão de imigrantes irregulares ajudará a baixar o preço das moradias.

Queda de popularidade

Trump fez o discurso em um momento de queda em sua aprovação, que está em 39%, segundo pesquisa divulgada pela Reuters/Ipsos, e de alta no desemprego, que atingiu o maior percentual em 4 anos, de 4,6%.

Ao mesmo tempo, a inflação no país segue perto dos 3%, mesmo percentual do ano passado, e o custo de vida tem ganhado destaque nas eleições. Em novembro, o democrata Zohran Mamdani, por exemplo, foi eleito prefeito de Nova York ao prometer baixar os gastos da população com moradia e alimentos.

Com EFE.

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpEstados Unidos (EUA)

Mais de Mundo

Venezuela pede reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre 'agressão contínua dos EUA'

Jornalista americano diz que Trump anunciará guerra com a Venezuela hoje à noite

Indústria automotiva global depende cada vez mais da China, afirma instituto alemão

UE chega a acordo provisório sobre salvaguardas de tratado com Mercosul