Trudeau: China é o segundo maior parceiro comercial do Canadá, com as trocas entre os dois países chegando a 42,1 bilhões de dólares no ano passado (David Stobbe/Reuters)
Da Redação
Publicado em 4 de dezembro de 2017 às 06h46.
Última atualização em 4 de dezembro de 2017 às 07h18.
O primeiro ministro canadense, Justin Trudeau começou no fim de semana uma viagem à China, numa agenda envolve comércio internacional, economia e, também, uma pitada de direitos humanos.
Nesta segunda-feira, Trudeau se encontra o presidente chinês, Xi Jinping, e também com líderes de negócios dos dois países.
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Na semana passada, oficias do governo do Canadá afirmaram que o objetivo principal da viagem é aprofundar os laços econômicos com os chineses, além de atrair maiores investimentos para o Canadá.
A China é o segundo maior parceiro comercial do Canadá, com as trocas entre os dois países chegando a 42,1 bilhões de dólares no ano passado.
Atualmente o maior parceiro comercial do Canadá são os Estados Unidos. Mas, com o presidente Donald Trump disposto a romper o acordo comercial que torna mais fácil as trocas entre os dois países, dialogar com a China é essencial para o futuro econômico do Canadá, caso o Nafta vá pelos ares.
Embora seja o segundo parceiro comercial dos canadenses, a China é responsável por somente 4,1% das exportações, ao passo que os Estados Unidos têm 76% do montante.
Na década de 1970, Pierre Trudeau, o pai do atual Trudeau e ex-primeiro ministro do país, foi um dos líderes ocidentais que reconheceram o governo comunista. Justin Trudeau chegou a afirmar esta semana que comércio com a China envolve “boa governança, direitos humanos e o seguimento da lei”.
O tema de direitos humanos passa por um caso específico. No ano passado, o governo chinês prendeu um casal chino-canadense, John Chang e Allison Liu, donos de vinícolas no Canadá, em uma disputa alfandegária. A filha deles, Amy Chang pressiona para que o primeiro ministro negocie a soltura.
Grupos de direitos humanos, liderados pela Anistia Internacional, apresentaram uma lista para o primeiro ministro, com reivindicações a serem discutidas com a China. Não se sabe o que deve de fato entrar na pauta. Trudeau deve ficar na China até quarta-feira.