Mundo

Tribunal Supremo de Israel se recusa a decidir sobre caso Netanyahu

Corte precisava se pronunciar sobre pedido de juristas, para impedir que primeiro-ministro fosse escolhido para formar governo após próximas eleições

Benajmin Netanyahu: máxima corte do país informou que não podia se pronunciar sobre o pedido contra o primeiro-ministro, alegando que a solicitação chegava cedo demais (Ammar Award/Reuters)

Benajmin Netanyahu: máxima corte do país informou que não podia se pronunciar sobre o pedido contra o primeiro-ministro, alegando que a solicitação chegava cedo demais (Ammar Award/Reuters)

A

AFP

Publicado em 2 de janeiro de 2020 às 16h59.

O Tribunal Supremo de Israel recusou-se nesta quinta-feira (2) a se pronunciar sobre a demanda de um grupo de juristas, que queria impedir que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, acusado de corrupção, receba o mandato de formar o governo após as próximas eleições.

Os especialistas legais pediram na terça-feira ao Tribunal Supremo que decida se Netanyahu, líder do partido Likud (conservador), tem ou não o direito de receber um eventual mandato para formar um governo por parte do presidente após as eleições de 2 de março, ao ser investigado por"corrupção", "apropriação indevida" e "abuso de confiança" em três casos diferentes.

Nesta quinta-feira, a máxima corte do país informou que não podia se pronunciar a respeito, alegando que a solicitação chegava cedo demais.

"Netanyahu será julgado pelo público nas urnas e venceremos", reagiu no Twitter Benny Gantz, principal adversário do premiê em fim de mandato, que lidera o partido Azul e Branco (centro).

O anúncio ocorre um dia depois de Netanyahu, que foi acusado no fim de novembro e prevê se apresentar nas próximas legislativas, pedir a imunidade ao Parlamento israelense.

A lei israelense estabelece que todo ministro processado criminalmente deve se demitir. Mas isto não se aplica ao primeiro-ministro. Embora possa prosseguir no cargo, Netanyahu não goza de nenhuma imunidade perante a justiça.

A petição de Netanyahu terá que ser estudada, em primeiro lugar por uma comissão parlamentar. No entanto, como o Parlamento foi dissolvido com vistas às eleições de 2 de março - as terceiras em menos de um ano em Israel -, o pedido de Netanyahu terá que esperar que passem as eleições antes de ser examinado.

Acompanhe tudo sobre:Benjamin NetanyahuEleiçõesIsrael

Mais de Mundo

Depois do G20, Lula recebe Xi para aproximar ainda mais Brasil e China

Netanyahu oferece quase R$ 30 milhões por cada refém libertado que permanece em Gaza

Trump escolhe Howard Lutnick como secretário de Comércio

Ocidente busca escalada, diz Lavrov após 1º ataque com mísseis dos EUA na Rússia