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Transexual brasileira faz greve de fome em prisão na Itália

Adriana vive na Itália há duas décadas e agora, após perder o trabalho, teve a permissão de residência no país negada

Bandeira do movimento LGBT (Getty Images/Getty Images)

Bandeira do movimento LGBT (Getty Images/Getty Images)

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EFE

Publicado em 18 de março de 2017 às 15h29.

Última atualização em 18 de março de 2017 às 16h55.

Roma - Adriana, uma transexual brasileira que vive na Itália há 20 anos, perdeu sua permissão de residência, foi detida em um centro para homens e como forma de protesto, iniciou uma greve de fome para denunciar a situação.

O "Movimento Identidade Transexual" (MIT) da Itália denunciou neste sábado a situação desta pessoa que está há oito dias em greve de fome com o objetivo de ser transferida para a área feminina do Centro de Identificação de imigrantes de Brindisi (sul), onde se encontra.

Segundo informa o MIT em comunicado, Adriana entrou em contato com esta organização para que a ajude em "seu legítimo pedido de ser presa junto às mulheres, protegida de discriminações e violências".

A organização pediu às autoridades que satisfaçam este pedido ou, caso contrário, desde o MIT será convocada uma manifestação em seu apoio.

Quem uniu-se às reivindicações foi o ex-presidente da região da Apúlia, Nichi Vendola. "Quais são os direitos de uma transexual quando está presa, quanto vale sua vida, quanto pesa sua história, quanto vale sua dignidade?".

Adriana vive na Itália há duas décadas e agora, após perder o trabalho, teve a permissão de residência no país negada, segundo explicou o próprio Vendola, muito ativo na defesa dos direitos do coletivo LGBT.

Por essa razão foi presa em um centro de identificação e expulsão de imigrantes à espera de que as autoridades estudem sua solicitação de asilo porque temem por sua segurança uma vez que retorne a seu país natal, Brasil.

"A Adriana espera para saber qual será seu futuro e enquanto isso quer ficar onde deve. O governo tem orelhas capazes de escutar uma voz assim distante?", questionou Vendola. EFE

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