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TPI cita Khadafi e seu círculo íntimo em investigação

Tribunal Penal Internacional confirmou que vai investigar o líder líbio, mas lista dos outros alvos será divulgada apenas na quinta-feira

O TPI confirmou que vai investigar aliados de Kadafi, mas não deu nomes (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2011 às 17h19.

Madri - O promotor do Tribunal Penal Internacional (TPI), o argentino Luis Moreno Ocampo, afirmou esta quarta-feira que a investigação que vai iniciar por supostos crimes cometidos na Líbia visam o líder líbio, Muamar Khadafi, e seu círculo ímtimo, embora tenha se recusado a dar nomes.

"Khadafi é uma pessoa que precisa ser investigada porque é o líder máximo da Líbia, temos um grupo de pessoas que compõem seu círculo íntimo e temos outro grupo de pessoas que são chefes de inteligência ou áreas envolvidas que podem ser pessoalmente responsáveis", disse Ocampo em entrevista à rádio privada espanhola Cadena SER.

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O promotor do TPI recusou-se a dar maiores detalhes e após ser perguntado se os filhos de Khadafi estão na mira da promotoria do TPI, limitou-se a afirmar: "amanhã saberão", em alusão à sua intenção de divulgar na quinta-feira a lista de pessoas investigadas.

"Amanhã queremos deixar claro para eles que se cometerem crimes, podem ser investigados ou punidos", disse Ocampo à Cadena SER.

"Vamos abrir a investigação porque há elementos que sugerem que estão sendo cometidos crimes contra a humanidade, como o ataque maciço ou sistemático à população civil ou o tiroteio contra civis que estão se manifestando, embora também haja grupos armados que estão no conflito e isto pode constituir crime de guerra. Veremos como isto evolui", acrescentou o promotor do TPI.

Quando Ocampo terminar sua investigação, caberá aos juízes da corte decidir se emitem ordens de prisão contra os suspeitos.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou no sábado, 26 de fevereiro, uma série de sanções contra o regime líbio de Muamar Khadafi e encarregou o TPI de fazer a investigação, ao considerar que a repressão contra os manifestantes poderia constituir "crime contra a humanidade".

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