Terceiro mandato de Chávez começa hoje na Venezuela
Em tratamento de saúde em Havana desde dezembro, Chávez ficou impossibilitado de participar das cerimônias de posse
Da Redação
Publicado em 10 de janeiro de 2013 às 13h35.
Caracas – O governo venezuelano inaugura hoje (10) o terceiro mandato consecutivo do presidente Hugo Chávez , que foi reeleito em outubro para liderar o país até 2019. Em tratamento de saúde em Havana desde dezembro, Chávez ficou impossibilitado de participar das cerimônias de posse, e o vice-presidente, Nicolás Maduro, que ficará em seu lugar por tempo indeterminado, convocou nesta manhã chanceleres e chefes de Estado e de governo de países vizinhos, para uma manifestação popular em frente ao Palácio Miraflores, no centro de Caracas.
Na noite passada, Nicolás Maduro reuniu-se com os chanceleres e agradeceu o apoio da presidenta Dilma Rousseff, com quem acabara de falar por telefone, para informar sobre a decisão do Tribunal Supremo de Justiça, a Suprema Corte venezuelana. Os juízes do tribunal aceitaram o pedido do governo de adiamento da posse de Chávez, até que ele possa voltar à Venezuela para assumir o cargo de presidente.
Desde cedo, seguidores de Chávez, vestindo a cor vermelha do partido, preparavam-se para a mobilização convocada pelo governo em apoio ao presidente ausente. O presidente não é visto, nem ouvido há um mês – desde que viajou a Cuba para submeter-se a uma cirurgia para retirada de um câncer na região pélvica. Foi a quarta cirurgia feita pelo presidente em 18 meses.
A decisão da Corte Suprema foi questionada pela oposição, que acusa a Justiça venezuelana de ter colaborado com um “golpe institucional” . “Foi uma decisão para resolver uma questão interna do partido do governo”, disse Enrique Capriles, candidato da oposição derrotado por Chávez na eleição de outubro. Capriles ressaltou que, em outubro, o povo elegeu o presidente (Chávez), e não o vice-presidente – na Venezuela, o vice é indicado pelo presidente, quando assume o cargo, o que Chávez ainda não fez.
Maduro não tem mandato para governar no lugar de Chávez, ainda mais por tempo indeterminado, afirmou Capriles. O líder oposicionista ressaltou, porém, que, apesar de discordar da decisão da Suprema Corte, vai acatá-la e cobrar dos dirigentes chavistas que solucionem os problemas do país, como inflação, desemprego e insegurança.
O governo, no entanto, considera que a Constituição foi bem interpretada pelos juízes. Chávez era presidente há 14 anos, quando foi reeleito. O novo mandato, dizem os chavistas, é apenas a continuação do anterior. Para eles, a cerimônia de posse é uma formalidade. O que ninguém sabe, até agora, é quanto tempo durará o governo interino.
A última informação oficial sobre a saúde do presidente, divulgada nesta semana, dizia que ele está “assimilando bem” o tratamento de uma insuficiência respiratória, provocada por uma infecção pulmonar. O boletim médico informava, ainda, que a situação dele, embora delicada, estava “estacionária”.
Caracas – O governo venezuelano inaugura hoje (10) o terceiro mandato consecutivo do presidente Hugo Chávez , que foi reeleito em outubro para liderar o país até 2019. Em tratamento de saúde em Havana desde dezembro, Chávez ficou impossibilitado de participar das cerimônias de posse, e o vice-presidente, Nicolás Maduro, que ficará em seu lugar por tempo indeterminado, convocou nesta manhã chanceleres e chefes de Estado e de governo de países vizinhos, para uma manifestação popular em frente ao Palácio Miraflores, no centro de Caracas.
Na noite passada, Nicolás Maduro reuniu-se com os chanceleres e agradeceu o apoio da presidenta Dilma Rousseff, com quem acabara de falar por telefone, para informar sobre a decisão do Tribunal Supremo de Justiça, a Suprema Corte venezuelana. Os juízes do tribunal aceitaram o pedido do governo de adiamento da posse de Chávez, até que ele possa voltar à Venezuela para assumir o cargo de presidente.
Desde cedo, seguidores de Chávez, vestindo a cor vermelha do partido, preparavam-se para a mobilização convocada pelo governo em apoio ao presidente ausente. O presidente não é visto, nem ouvido há um mês – desde que viajou a Cuba para submeter-se a uma cirurgia para retirada de um câncer na região pélvica. Foi a quarta cirurgia feita pelo presidente em 18 meses.
A decisão da Corte Suprema foi questionada pela oposição, que acusa a Justiça venezuelana de ter colaborado com um “golpe institucional” . “Foi uma decisão para resolver uma questão interna do partido do governo”, disse Enrique Capriles, candidato da oposição derrotado por Chávez na eleição de outubro. Capriles ressaltou que, em outubro, o povo elegeu o presidente (Chávez), e não o vice-presidente – na Venezuela, o vice é indicado pelo presidente, quando assume o cargo, o que Chávez ainda não fez.
Maduro não tem mandato para governar no lugar de Chávez, ainda mais por tempo indeterminado, afirmou Capriles. O líder oposicionista ressaltou, porém, que, apesar de discordar da decisão da Suprema Corte, vai acatá-la e cobrar dos dirigentes chavistas que solucionem os problemas do país, como inflação, desemprego e insegurança.
O governo, no entanto, considera que a Constituição foi bem interpretada pelos juízes. Chávez era presidente há 14 anos, quando foi reeleito. O novo mandato, dizem os chavistas, é apenas a continuação do anterior. Para eles, a cerimônia de posse é uma formalidade. O que ninguém sabe, até agora, é quanto tempo durará o governo interino.
A última informação oficial sobre a saúde do presidente, divulgada nesta semana, dizia que ele está “assimilando bem” o tratamento de uma insuficiência respiratória, provocada por uma infecção pulmonar. O boletim médico informava, ainda, que a situação dele, embora delicada, estava “estacionária”.