Mundo

Tempestade solar 'extrema' causa auroras polares espetaculares neste fim de semana; veja imagens

É o primeiro fenômeno do tipo em 20 anos – e que ameaça o funcionamento em satélites e redes elétricas enquanto persistir

É o primeiro fenômeno do tipo em 20 anos –  e que ameaça o funcionamento em satélites e redes elétricas enquanto persistir (AFP)

É o primeiro fenômeno do tipo em 20 anos – e que ameaça o funcionamento em satélites e redes elétricas enquanto persistir (AFP)

Publicado em 11 de maio de 2024 às 11h33.

Última atualização em 11 de maio de 2024 às 15h08.

A tempestade solar mais poderosa em mais de 20 anos atingiu a Terra na sexta-feira, 10, provocando auroras polares em áreas intermediárias do planeta – e ameaçando interrupções em satélites e redes elétricas durante o final de semana.  Neste sábado, 11, a agência espacial dos Estados Unidos, a NASA, divulgou as primeiras imagens do Sol no momento em que ocorreram as erupções solares responsáveis pelos fenômenos vistos no norte da Europa e no sul do Chile e da Argentina.

A primeira de várias ejeções de massa coronal, que são grandes emissões de plasma e campos magnéticos do Sol, ocorreu pouco depois das 11h do horário de Brasília, de acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA). Mais tarde, a NOAA categorizou a tempestade geomagnética como "extrema", a primeira desde que em outubro de 2003 várias delas causaram apagões na Suécia e danos na infraestrutura energética na África do Sul.

Espera-se que mais CMEs atinjam o planeta nos próximos dias.

Segundo informações da AFP, a Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos disse que "não antecipa nenhum impacto significativo no sistema de espaço aéreo do país". Ao contrário das erupções solares, que viajam à velocidade da luz e são capazes de alcançar a Terra em oito minutos, as CMEs viajam a um ritmo mais lento, de 800 km por segundo.

Os meteorologistas esperam poder precisar melhor o impacto que terão quando estiverem a uma distância de 1,6 milhão de quilômetros.

Os campos magnéticos associados às tempestades geomagnéticas induzem correntes nos condutores longos, incluindo os cabos de energia, o que pode provocar apagões. Também podem ocorrer impactos na comunicação por rádio de alta frequência, GPS, em naves espaciais e satélites.

'Saiam esta noite e olhem'

O fenômeno não causa apenas danos, mas também a aparição de auroras polares, conhecidas como auroras boreais ou austrais, em lugares onde normalmente não são visíveis. Mathew Owens, professor de física espacial na Universidade de Reading, disse à AFP que os efeitos serão sentidos principalmente nas latitudes norte e sul do planeta. O alcance exato dependerá da força final da tempestade.

"O norte do Canadá, a Escócia e lugares desse tipo terão boas auroras; acredito que podemos afirmar isso com segurança", afirmou, acrescentando que a situação pode se repetir no hemisfério sul. "Meu conselho é que saiam esta noite e olhem, porque se virem a aurora, é algo espetacular", continuou.

Nos Estados Unidos, esse fenômeno poderia ser observado na região mais ao norte de estados como Califórnia e Alabama.

Brent Gordon, dos serviços meteorológicos espaciais da NOAA, sugere que as pessoas tentem tirar fotografias noturnas com seus celulares, mesmo que a aurora não seja visível a olho nu. "Você se surpreenderia com o que pode ser visto na foto" capturada com os celulares mais modernos, afirmou.

As autoridades recomendam à população que siga as medidas padrões diante de possíveis apagões, como ter em mãos lanternas, baterias e rádios meteorológicos.

A maior tempestade solar registrada é o "evento de Carrington", de 1859. Ela destruiu a rede telegráfica nos Estados Unidos, provocou descargas elétricas e a aurora boreal foi visível em latitudes inéditas, até a América Central.

(Com AFP)

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Planeta Terra

Mais de Mundo

Yamandú Orsi anuncia seu gabinete e escolhe Mario Lubetkin como futuro chanceler do Uruguai

Ministro da Defesa de Israel diz que acordo com Hamas está “mais próximo do que nunca”

Alemanha terá eleições antecipadas após Scholz perder voto de confiança