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Tchecos começam hoje a eleger novo presidente

Favorito para vencer o pleito neste ano é o atual presidente, o polêmico Milos Zeman

Eleições tchecas: pesquisas mostram Zeman com 32% das intenções de voto, frente ao 21% do independente Jiri Drahos (David W Cerny/Reuters)
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EFE

Publicado em 12 de janeiro de 2018 às 08h34.

Praga - Mais de oito milhões de eleitores da República Tcheca estão convocados às urnas nesta sexta-feira e no sábado para escolher seu chefe de Estado, em pleitos nos quais parte como favorito o atual presidente, o polêmico Milos Zeman.

É a segunda vez, desde o retorno do país à democracia em 1989, que se elege o presidente por voto direto, o que era antes uma prerrogativa dos 200 deputados e 81 senadores reunidos em sessão conjunta.

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Há cinco anos, Zeman, ex-primeiro-ministro e antigo líder do Partido Social-Democrata (CSSD), agora afastado dessa legenda e que se apresenta como independente, venceu no segundo turno o conservador Karel Schwarzenberg.

Os quase 15.000 colégios eleitorais do país ficarão abertos hoje entre 14h e 22h (horário local, 10h e 18h de Brasília), e voltarão a operar no sábado, entre 8h e 14h (4h e 10h).

Ao longo destes cinco anos de mandato, Zeman, de 73 anos, passou de um moderado europeísmo a um aberto euroceticismo e chegou a definir a imigração muçulmana como uma "invasão organizada" impossível de se integrar na Europa.

Além disso, é pública sua boa relação com o presidente russo, Vladimir Putin, e também costuma elogiar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cuja decisão de reconhecer Jerusalém como capital de Israel considerou "acertada".

Em várias ocasiões criticou as sanções da União Europeia (UE) à Rússia pelo conflito da Ucrânia e pede um entendimento entre Bruxelas e Moscou em questões internacionais.

Também manteve uma estreita relação com Pequim, apoiando o projeto chinês de renovar a Rota da Seda e facilitando os investimentos do gigante asiático em solo tcheco.

Zeman é um político polarizador; seus partidários elogiam que fale de forma direta e clara, enquanto seus adversários consideram que adota posições populistas e se excede nas suas funções como presidente ao opinar sobre coisas que não lhe competem.

O presidente, o primeiro a ser eleito por voto direto, manifestou em mais de uma ocasião que isso lhe dava mais apoio como chefe de Estado para expressar seus pontos de vista.

As pesquisas mostram Zeman com 32% das intenções de voto, frente ao 21% do independente Jiri Drahos, um químico que presidiu durante oito anos a Academia de Ciências, enquanto o escritor e empresário Michal Horacek aparece com 10%.

Há um total de nove candidatos em disputa, mas apenas Zeman, Drahos e Horacek se destacam nas pesquisas.

No caso de nenhum candidato superar o patamar de 50% dos votos emitidos neste primeiro turno, haverá um segundo turno duas semanas depois entre os dois candidatos mais votados.

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