Maha Vajiralongkorn: novo monarca reinará com o título de Rama X. (Athit Perawongmetha/Reuters)
EFE
Publicado em 1 de dezembro de 2016 às 08h43.
Bangcoc - A Tailândia se prepara para proclamar o príncipe herdeiro Maha Vajiralongkorn como novo rei do país, o décimo da dinastia Chakri, em cerimônia prevista para acontecer nesta quinta-feira, dois dias depois que o parlamento concordou em convidá-lo para assumir o trono.
O príncipe deve receber em audiência o presidente do legislativo, Pornpetch Wichitcholchai, onde será convidado para suceder seu pai, o rei Bhumibol Adulyadej, que morreu no dia 13 de outubro, segundo consta na agenda oficial de Vajiralongkorn, coletadas nas redes sociais.
Uma vez Vajiralongkorn aceite a proposta, será feito o anúncio público onde se proclamará o novo monarca que reinará com o título de Rama X.
O príncipe já teria aceitado informalmente subir ao trono na espera de ser convidado, segundo afirmou ontem Prawit Wongsuwan, vice-primeiro-ministro e número dois da junta militar que governa o país desde 2014.
Na audiência, que acontecerá após um ato religioso em homenagem a Bhumbiol previsto para às 17h (hora local), também estarão presentes o regente, Prem Tinsulanonda, o primeiro-ministro, Prayuth Chan-ocha, e o presidente do Supremo Tribunal, Veerapol Tangsuwan.
De acordo com agenda oficial, uma vez proclamado rei, se reunirá com Prem Tinsulanonda, que assumiu a regência depois que o príncipe pedisse um período de luto antes de suceder seu pai, segundo informação divulgada pelo primeiro-ministro e chefe da junta militar.
Bhumibol, que morreu aos 88 anos após sete décadas no trono, foi o único governante conhecido pela maioria dos tailandeses, que o tinham como um ser quase divino, símbolo de unidade e guia da nação.
Vajiralongkorn, de 64 anos, viveu grande parte de sua vida no exterior desligado dos afazeres da Coroa e não herdou a popularidade da qual gozou seu pai.
Informações sobre a monarquia tailandesa é um assunto muito sensível no país, por conta da lei de lesada altivez, que castiga com entre três e 15 anos de prisão quem criticar ou emitir comentários considerados como insultos pela família real.