Tabará Vázquez: político foi o primeiro esquedista a governar o Uruguai, entre 2005 e 2010 (Andres Stapff/Reuters)
Da Redação
Publicado em 1 de março de 2015 às 10h34.
Montevidéu - O oncologista Tabaré Vázquez, de 75 anos, assumirá neste domingo seu segundo mandato de cinco anos como presidente do Uruguai, em um dia que se iniciará com um ato solene no Palácio Legislativo e terminará na festa popular na Praça da Independência de Montevidéu.
Após governar Uruguai de 2005 a 2010 como o primeiro líder de esquerda de sua história, Vázquez substituirá no cargo o ex-guerrilheiro José Mujica, após meia década no qual o Uruguai alcançou altas cotas de exposição mundial favorecidas em parte pela figura de seu último presidente.
Assim, Vázquez e o vice-presidente eleito, Raúl Sendic, se transferirão às 9h30 local (mesmo horário de Brasília) ao Palácio Legislativo do Uruguai da capital uruguaia, onde se reunirá a Assembleia Geral na Câmara dos Representantes para iniciar os atos de protocolo.
Autoridades nacionais, diplomatas, ex-presidentes da República, presidentes dos partidos políticos e líderes estrangeiros presenciarão a cerimônia, cujo ponto alto virá pelas mãos do parlamentar Lucía Topolansky, presidente temporária da Assembleia Geral, que será a encarregada de tomar o juramento de Vázquez e Sendic.
A segunda parte da cerimônia ocorrerá na cêntrica Praça da Independência, onde Mujica participará do ato de entrega da faixa presidencial a Vázquez, perante os líderes convocados e os curiosos que se amontorão nas imediações do lugar.
Os presidentes de Cuba, Raúl Castro; Nicarágua, Daniel Ortega; Chile, Michele Bachelet; Paraguai, Horacio Cartes e Brasil, Dilma Rousseff presenciarão a posse do novo presidente do Uruguai, junto com o rei Juan Carlos da Espanha e o secretário- geral da União de Nações da América do Sul (Unasul), Ernesto Samper.
As ausências ficam por parte do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e do vice-presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden.
Enquanto Cristina enviou em seu lugar o vice-presidente de argentina, Amado Boudou, Maduro argumentou que a situação atual de seu país não permite se ausentar e Biden justificou uma afecção gripal como impedimento para viajar.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, também não assistirá à cerimônia, que deixou o Uruguai após visitar Montevidéu em 26 de fevereiro para se encontrar com o ainda líder uruguaio, José Mujica. EFE
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