Exame Logo

Syriza vence e declara fim da troika e da austeridade

Alexis Tsipras, 40 anos, afirmou que “o povo escreveu a história” e “deu um mandato claro” ao Syriza

Líder do Syriza, Alexis Tsipras, cumprimenta apoiadores após vencer as eleições na Grécia (REUTERS/Marko Djurica)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2015 às 08h25.

O partido de esquerda grego Syriza , antiausteridade, obteve vitória clara nas eleições gerais desse domingo (25). O líder, Alexis Tsipras, declarou o fim da austeridade e da troika.

“O veredito do povo grego significa o fim da troika", a estrutura de supervisão da economia da Grécia constituída pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional que desde 2010 avalia as medidas impostas em troca de empréstimos de 240 mil milhões de euros.

Tsipras, 40 anos, afirmou que “o povo escreveu a história” e “deu um mandato claro” ao Syriza, “depois de cinco anos de humilhação”. Assegurou que vai negociar com os credores “nova solução viável” para o país.

O Syriza obteve clara vitória com 35,9% dos votos, quando estavam contados 50% dos boletins. O resultado não garante maioria absoluta (151 de 300 deputados) e vai possivelmente exigir negociações para uma coligação parlamentar.

A Nova Democracia (direita), do primeiro-ministro Antonis Samaras, obteve 28,3%. O terceiro partido mais votado foi o neonazi Aurora Dourada, com 6,4%.

Samaras reconheceu a derrota mas, tendo feito campanha pelo perigo de uma vitória do Syriza levar a uma saída da Grécia da zona do euro, deu curta declaração à imprensa: “Entrego um país que é parte da União Europeia [UE] e do euro. Para o bem desse país, espero que o próximo governo mantenha o que foi alcançado”.

Em Bruxelas, o presidente do grupo dos Socialistas Europeus no Parlamento Europeu, Gianni Pitella, considerou que o povo grego optou claramente por romper com a austeridade imposta pela troika.

Segundo o líder, o povo grego quer que o novo governo traga mais justiça social, a renegociação da dívida e a extensão do seu programa de ajustamento. “A vontade do povo grego deve ser respeitada por todas as instituições da UE e Estados-Membros”, destacou.

O presidente do Bundesbank, banco central alemão, Jens Weidmann, considerou que a economia da Grécia continua a precisar de apoio externo.

Ele disse esperar que "o novo governo grego não faça promessas ilusórias que o país não pode se permitir" e que continue com as reformas estruturais necessárias.

Veja também

O partido de esquerda grego Syriza , antiausteridade, obteve vitória clara nas eleições gerais desse domingo (25). O líder, Alexis Tsipras, declarou o fim da austeridade e da troika.

“O veredito do povo grego significa o fim da troika", a estrutura de supervisão da economia da Grécia constituída pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional que desde 2010 avalia as medidas impostas em troca de empréstimos de 240 mil milhões de euros.

Tsipras, 40 anos, afirmou que “o povo escreveu a história” e “deu um mandato claro” ao Syriza, “depois de cinco anos de humilhação”. Assegurou que vai negociar com os credores “nova solução viável” para o país.

O Syriza obteve clara vitória com 35,9% dos votos, quando estavam contados 50% dos boletins. O resultado não garante maioria absoluta (151 de 300 deputados) e vai possivelmente exigir negociações para uma coligação parlamentar.

A Nova Democracia (direita), do primeiro-ministro Antonis Samaras, obteve 28,3%. O terceiro partido mais votado foi o neonazi Aurora Dourada, com 6,4%.

Samaras reconheceu a derrota mas, tendo feito campanha pelo perigo de uma vitória do Syriza levar a uma saída da Grécia da zona do euro, deu curta declaração à imprensa: “Entrego um país que é parte da União Europeia [UE] e do euro. Para o bem desse país, espero que o próximo governo mantenha o que foi alcançado”.

Em Bruxelas, o presidente do grupo dos Socialistas Europeus no Parlamento Europeu, Gianni Pitella, considerou que o povo grego optou claramente por romper com a austeridade imposta pela troika.

Segundo o líder, o povo grego quer que o novo governo traga mais justiça social, a renegociação da dívida e a extensão do seu programa de ajustamento. “A vontade do povo grego deve ser respeitada por todas as instituições da UE e Estados-Membros”, destacou.

O presidente do Bundesbank, banco central alemão, Jens Weidmann, considerou que a economia da Grécia continua a precisar de apoio externo.

Ele disse esperar que "o novo governo grego não faça promessas ilusórias que o país não pode se permitir" e que continue com as reformas estruturais necessárias.

Acompanhe tudo sobre:Crise gregaEleiçõesEuropaGréciaPiigsSyriza

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame