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Suu Kyi finalmente cruza as fronteiras de Mianmar

A vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 1991 foi recebida no aeroporto de Bangcoc por várias centenas de seguidores

No Reino Unido, onde se reencontrará com sua família, Suu Kyi pronunciará um discurso perante o Parlamento no dia 21 de junho (Soe Than Win/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2012 às 17h20.

Bangcoc - A líder da oposição birmanesa, Aung San Suu Kyi, cruzou nesta terça-feira pela primeira vez as fronteiras de Mianmar após 24 anos de luta política , para discursar em um fórum econômico e visitar na Tailândia à diáspora que fugiu da repressão e da pobreza em seu país.

Suu Kyi, eleita deputada há menos de um mês e pesadelo da Junta Militar que a manteve em cativeiro durante mais de 15 anos, chegou a Bangcoc procedente de Yangun acompanhada de vários membros de seu partido, a Liga Nacional pela Democracia (LND).

A vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 1991 foi recebida no aeroporto de Bangcoc por várias centenas de seguidores, diplomatas e diretores do Fórum Econômico Mundial da Ásia Oriental para o qual foi convidada para pronunciar um discurso sobre a situação em Mianmar.

Suu Kyi, que vestia um traje típico birmanês de cor alaranjada, foi escoltada pela polícia até o carro que lhe aguardava para transportá-la ao hotel de luxo no qual se hospedará, situado a margens do Rio Chao Praya e sede da conferência.

A ativista, que retornou em 1988 a seu país com o propósito de cuidar de uma mãe idosa, se negou a abandoná-lo durante os breves períodos de tempo que teve certa liberdade, por temor que os militares lhe impedissem de voltar para continuar dirigindo o movimento democrático.

Em abril, Suu Kyi sugeriu que se sentia tentada a atravessar as fronteiras de Mianmar e aceitar o convite para visitar Reino Unido que o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, lhe havia feito durante a reunião que mantiveram em sua casa em Yangun, na qual esteve confinada.

Para este fórum também foi convidado o presidente birmanês, Thein Sein, considerado o artífice da reforma política à qual a comunidade internacional respondeu com a suspensão ou parcial retirada das sanções que pesavam sobre o país.

No entanto, o Ministério de Relações Exteriores tailandês indicou que o presidente birmanês tinha suspendido sua participação no fórum e adiado sua visita a Tailândia para o próximo dia 4 de junho.

A visita à vizinha Tailândia precede a viagem que Suu Kyi planeja realizar a partir de meados de junho e que começará em Genebra (Suíça) com seu discurso na conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Em seguida viajará para Oslo (Noruega) para pronunciar ali um discurso e aceitar formalmente o Prêmio Nobel da Paz que recebeu em 1991 por sua luta pacífica em favor da democracia.

O prestigiado prêmio do Instituto Nobel foi recolhido então por Alexander e Kim, os dois filhos que Suu Kyi teve com o professor britânico Michael Aris, falecido em 1999 de câncer de próstata e sem chegar a receber a permissão do regime militar para visitar sua esposa em Mianmar.

No Reino Unido, onde se reencontrará com sua família, Suu Kyi pronunciará um discurso perante o Parlamento no dia 21 de junho, segundo a LND e fontes oficiais britânicas.

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Bangcoc - A líder da oposição birmanesa, Aung San Suu Kyi, cruzou nesta terça-feira pela primeira vez as fronteiras de Mianmar após 24 anos de luta política , para discursar em um fórum econômico e visitar na Tailândia à diáspora que fugiu da repressão e da pobreza em seu país.

Suu Kyi, eleita deputada há menos de um mês e pesadelo da Junta Militar que a manteve em cativeiro durante mais de 15 anos, chegou a Bangcoc procedente de Yangun acompanhada de vários membros de seu partido, a Liga Nacional pela Democracia (LND).

A vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 1991 foi recebida no aeroporto de Bangcoc por várias centenas de seguidores, diplomatas e diretores do Fórum Econômico Mundial da Ásia Oriental para o qual foi convidada para pronunciar um discurso sobre a situação em Mianmar.

Suu Kyi, que vestia um traje típico birmanês de cor alaranjada, foi escoltada pela polícia até o carro que lhe aguardava para transportá-la ao hotel de luxo no qual se hospedará, situado a margens do Rio Chao Praya e sede da conferência.

A ativista, que retornou em 1988 a seu país com o propósito de cuidar de uma mãe idosa, se negou a abandoná-lo durante os breves períodos de tempo que teve certa liberdade, por temor que os militares lhe impedissem de voltar para continuar dirigindo o movimento democrático.

Em abril, Suu Kyi sugeriu que se sentia tentada a atravessar as fronteiras de Mianmar e aceitar o convite para visitar Reino Unido que o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, lhe havia feito durante a reunião que mantiveram em sua casa em Yangun, na qual esteve confinada.

Para este fórum também foi convidado o presidente birmanês, Thein Sein, considerado o artífice da reforma política à qual a comunidade internacional respondeu com a suspensão ou parcial retirada das sanções que pesavam sobre o país.

No entanto, o Ministério de Relações Exteriores tailandês indicou que o presidente birmanês tinha suspendido sua participação no fórum e adiado sua visita a Tailândia para o próximo dia 4 de junho.

A visita à vizinha Tailândia precede a viagem que Suu Kyi planeja realizar a partir de meados de junho e que começará em Genebra (Suíça) com seu discurso na conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Em seguida viajará para Oslo (Noruega) para pronunciar ali um discurso e aceitar formalmente o Prêmio Nobel da Paz que recebeu em 1991 por sua luta pacífica em favor da democracia.

O prestigiado prêmio do Instituto Nobel foi recolhido então por Alexander e Kim, os dois filhos que Suu Kyi teve com o professor britânico Michael Aris, falecido em 1999 de câncer de próstata e sem chegar a receber a permissão do regime militar para visitar sua esposa em Mianmar.

No Reino Unido, onde se reencontrará com sua família, Suu Kyi pronunciará um discurso perante o Parlamento no dia 21 de junho, segundo a LND e fontes oficiais britânicas.

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