Suu Kyi diz que a relação EUA-Mianmar não é hostil à China
Durante sua visita aos Estados Unidos, a ganhadora do Prêmio Nobel da Paz afirmou que não gostaria que as relações entre os Estados Unidos e Mianmar fossem vistas
Da Redação
Publicado em 18 de setembro de 2012 às 16h19.
Washington - A líder da oposição birmanesa Aung San Suu Kyi afirmou nesta terça-feira que manter relações com os Estados Unidos não representa uma postura hostial em relação à China e espera por melhores vínculos com as potências regionais asiáticas.
Durante sua visita aos Estados Unidos, a ganhadora do Prêmio Nobel da Paz afirmou que não gostaria que as relações entre os Estados Unidos e Mianmar fossem vistas como hostis em relação à China, o principal aliado da antiga junta militar birmanesa.
"Não significa que, porque os Estados Unidos estão interessados em Mianmar, que isso deva ser visto como hostil em relação à China", afirmou a líder opositora no Instituto da Paz e Sociedade da Ásia.
"Podemos utilizar nossa nova situação para fortalecer as relações entre os três países", enfatizou.
Anteriormente, a secretária de Estado Hillary Clinton recebeu nesta terça-feira pela primeira vez Aung San Suu Kyi.
"Há muito entusiasmo e expectativa pelo fato de que tenha podido vir", afirmou Hillary a Aung San Suu Kyi ante os fotógrafos e cinegrafistas no departamento de Estado.
Suu Kyi, de 67 anos, chegou aos Estados Unidos na segunda-feira.
Ela irá na quarta-feira ao Capitólio, onde receberá a Congressional Gold Medal, a condecoração máxima concedida pelo Congresso americano.
Também visitará Nova York, Connecticut, Massachusetts, Indiana, Kentucky e Califórnia, onde discursará em universidades, recebendo honras e se reunirá com refugiados birmaneses.
O presidente Barack Obama provavelmente fará um intervalo em sua campanha pela reeleição para reunir-se com ela, apesar de a Casa Branca não confirmar o encontro.