Pneumonia: A Comissão Nacional de Saúde na China já haviam informado sobre um aumento na ocorrência de doenças respiratórias em geral, incluindo gripe, Covid-19, bronquiolite infantil e pneumonia (Jade Gao/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 23 de novembro de 2023 às 13h46.
Última atualização em 23 de novembro de 2023 às 13h54.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) solicitou informações adicionais à China sobre o aumento de doenças respiratórias no norte do país, um pedido que Pequim não comentou publicamente até o momento.
A região norte da China registra um aumento das "doenças semelhantes à gripe" desde meados de outubro na comparação com o mesmo período dos três anos anteriores, afirmou a OMS.
O aumento das "doenças semelhantes à gripe" começou em meados de outubro, porém eclodiu na última terça-feira. A Comissão Nacional de Saúde na China já havia informado sobre um aumento na ocorrência de doenças respiratórias em geral, incluindo gripe, Covid-19, bronquiolite infantil e pneumonia.
A região afetada é o norte da China, na capital Pequim e província de Liaoning. A capital chinesa, no norte do país, enfrenta uma onda de frio. A previsão para sexta-feira é de temperatura abaixo de zero.
Ainda não há registros oficiais sobre número de casos ou possíveis óbitos atribuídos à pneumonia sem causa definida. Segundo as informações até agora, porém, os hospitais estariam sobrecarregados.
OMS pediu "informações epidemiológicas e clínicas suplementares, assim como resultados de laboratório dos surtos detectados em crianças".
Também solicitou "informações complementares sobre as tendências recentes de circulação de agentes patógenos conhecidos, especialmente a gripe, o SARS-CoV-2 (o vírus da covid-19), o VRS que afeta bebês e da (bactéria) mycoplasma pneumoniae, assim como o nível de ocupação do sistema de saúde", acrescenta o comunicado.
A organização recomendou que a população adote medidas de proteção similares às aplicadas durante a pandemia de covid-19: vacinação, manter distância das pessoas doentes, ficar em casa em caso de sintomas, fazer testes e usar máscara se necessário, além de manter os locais bem ventilados e lavar as mãos.
As causas do surto ainda não foram definidas. Há a suspeita de que esteja associada a outros patógenos respiratórios que, segundo a OMS, estão em alta no país desde o mês passado.