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Suha Arafat pede cruzamento de dados de investigações

Em entrevista coletiva em Paris, acompanhada de seus advogados, a viúva de Arafat disse que confia 'na justiça e na ciência'

Suha e a filha Zawra Arafat: viúva de Arafat pediu expressamente que os responsáveis suíços entreguem sua investigação à Justiça francesa (Matthew Mirabelli/AFP)
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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2013 às 17h40.

Paris - Suha Arafat, viúva do histórico líder palestino Yasser Arafat, morto em 2004 em Paris , pediu nesta terça-feira que sejam cruzados os dados das investigações a respeito, depois que hoje foi revelado que especialistas franceses excluem a tese de envenenamento.

Em entrevista coletiva em Paris, acompanhada de seus advogados , a viúva de Arafat disse que confia 'na justiça e na ciência'.

Suha Arafat pediu que a Justiça francesa compare a investigação de especialistas suíços, que apontam que seu marido foi assassinado por envenenamento, com a dos cientistas franceses, que acham que Arafat morreu como consequência de uma infecção generalizada.

A viúva de Arafat pediu expressamente que os responsáveis suíços entreguem sua investigação à Justiça francesa.

'Devemos continuar. Não é mais que o começo. Não é a sentença, é só a conclusão dos especialistas', insistiu a viúva de Arafat.

A investigação dos especialistas franceses foi revelada hoje e foi realizada após a investigação aberta pela Promotoria de Nanterre, perto de Paris, sobre as suspeitas de envenenamento.

A investigação científica realizada na Suíça com os restos do histórico dirigente palestino estabeleceu, no começo do mês de novembro, como a opção 'mais coerente' que Arafat morreu por envenenamento, embora não tenha oferecido resultados conclusivos.

Essas análises suíças, reveladas pelo canal catariano 'Al Jazeera', estabeleceram que foram encontrados altos níveis de polônio nas costelas e na pélvis de Arafat, assim como na terra sobre a qual foi colocado seu corpo.

Os advogados de Suha Arafat destacaram que há uma 'contradição' entre as duas causas -na Suíça e na França- já que os suíços estimam que o corpo contaminou a terra enquanto os franceses acreditam que aconteceu o contrário.


Arafat começou a sofrer sintomas de um transtorno gastrointestinal em 12 de outubro de 2004 e, após uma série de complicações que agravaram seu estado, foi transferido de Ramala ao hospital militar de Paris, onde morreu em 11 de novembro desse mesmo ano.

Sua viúva defendeu desde então que o antigo líder da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) foi envenenado por alguém de seu entorno próximo.

Suha pediu a exumação do corpo de Arafat em julho de 2012, depois que a 'Al Jazeera' transmitiu uma reportagem exclusiva sobre sua morte, na qual concluiu que o ex-líder pode ter sido envenenado com polônio 210, uma substância altamente radioativa encontrada em seus objetos pessoais.

Os rumores do suposto envenenamento existiam desde que o líder palestino abandonou a Muqata (a sede do Governo palestino em Ramala) com direção a Paris e a investigação da 'Al Jazeera' não fez mas do que reabrir as suspeitas.

A viúva de Arafat decidiu então apresentar uma denúncia por suposto assassinato perante o Tribunal de Grande Instância de Nanterre, mas não acusou ninguém em particular porque para se referir ao autor desses supostos fatos serviu da fórmula de processo 'contra X'.

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Paris - Suha Arafat, viúva do histórico líder palestino Yasser Arafat, morto em 2004 em Paris , pediu nesta terça-feira que sejam cruzados os dados das investigações a respeito, depois que hoje foi revelado que especialistas franceses excluem a tese de envenenamento.

Em entrevista coletiva em Paris, acompanhada de seus advogados , a viúva de Arafat disse que confia 'na justiça e na ciência'.

Suha Arafat pediu que a Justiça francesa compare a investigação de especialistas suíços, que apontam que seu marido foi assassinado por envenenamento, com a dos cientistas franceses, que acham que Arafat morreu como consequência de uma infecção generalizada.

A viúva de Arafat pediu expressamente que os responsáveis suíços entreguem sua investigação à Justiça francesa.

'Devemos continuar. Não é mais que o começo. Não é a sentença, é só a conclusão dos especialistas', insistiu a viúva de Arafat.

A investigação dos especialistas franceses foi revelada hoje e foi realizada após a investigação aberta pela Promotoria de Nanterre, perto de Paris, sobre as suspeitas de envenenamento.

A investigação científica realizada na Suíça com os restos do histórico dirigente palestino estabeleceu, no começo do mês de novembro, como a opção 'mais coerente' que Arafat morreu por envenenamento, embora não tenha oferecido resultados conclusivos.

Essas análises suíças, reveladas pelo canal catariano 'Al Jazeera', estabeleceram que foram encontrados altos níveis de polônio nas costelas e na pélvis de Arafat, assim como na terra sobre a qual foi colocado seu corpo.

Os advogados de Suha Arafat destacaram que há uma 'contradição' entre as duas causas -na Suíça e na França- já que os suíços estimam que o corpo contaminou a terra enquanto os franceses acreditam que aconteceu o contrário.


Arafat começou a sofrer sintomas de um transtorno gastrointestinal em 12 de outubro de 2004 e, após uma série de complicações que agravaram seu estado, foi transferido de Ramala ao hospital militar de Paris, onde morreu em 11 de novembro desse mesmo ano.

Sua viúva defendeu desde então que o antigo líder da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) foi envenenado por alguém de seu entorno próximo.

Suha pediu a exumação do corpo de Arafat em julho de 2012, depois que a 'Al Jazeera' transmitiu uma reportagem exclusiva sobre sua morte, na qual concluiu que o ex-líder pode ter sido envenenado com polônio 210, uma substância altamente radioativa encontrada em seus objetos pessoais.

Os rumores do suposto envenenamento existiam desde que o líder palestino abandonou a Muqata (a sede do Governo palestino em Ramala) com direção a Paris e a investigação da 'Al Jazeera' não fez mas do que reabrir as suspeitas.

A viúva de Arafat decidiu então apresentar uma denúncia por suposto assassinato perante o Tribunal de Grande Instância de Nanterre, mas não acusou ninguém em particular porque para se referir ao autor desses supostos fatos serviu da fórmula de processo 'contra X'.

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