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Sudão revela descontentamento com decreto migratório de Trump

Em comunicado, o país renovou sua condenação ao decreto que veta a entrada de cidadãos de seis países de maioria muçulmana nos EUA

Visto: o Sudão está entre os seis países atingidos pelo decreto (Jonathan Ernst/Reuters)

Visto: o Sudão está entre os seis países atingidos pelo decreto (Jonathan Ernst/Reuters)

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EFE

Publicado em 7 de março de 2017 às 11h08.

Última atualização em 7 de março de 2017 às 13h22.

Cartum - O governo do Sudão lamentou nesta terça-feira o novo veto migratório ratificado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a seis países de maioria muçulmana e afirmou que o terrorismo "não está vinculado a certa religião, nem etnia".

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores sudanês, Qaribalah al Khader, manifestou através de um comunicado seu "descontamento e lamento" pela decisão americana e reiterou que a luta contra o terrorismo "requer a colaboração de todos, e não a imposição de barreiras e restrições".

Além disso, Khader ressaltou que o Sudão mostrou nos últimos meses "seriedade e honestidade em seu diálogo com o governo americano", o que, segundo ele, provou a vitalidade do papel do Sudão como aliado na luta contra o terrorismo.

Khader pediu às autoridades americanas que reconsiderassem essa decisão, mas renovou o compromisso de seu país em "continuar o diálogo bilateral até a total normalização" das relações.

Desde 1993, os EUA classificam o Sudão como país "patrocinador do terrorismo" por supostamente apoiar grupos terroristas internacionais e o inclui todos os anos "em sua lista negra".

A decisão de Trump se baseou em um relatório de seu país emitido em julho de 2016 sobre os Estados patrocinadores do terrorismo para justificar que os cidadãos dos seis países incluídos "representam um grande perigo para a segurança dos EUA".

O governo americano aprovou ontem um novo veto migratório que substitui o anterior, que foi bloqueado na Justiça, e que suspende durante 120 dias o programa de acolhimento de refugiados e durante 90 os vistos de imigrantes do Irã, Líbia, Síria, Sudão, Somália e Iêmen.

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