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Sudão do Sul não assina acordo de paz e pede adiamento

Pagan Amum, secretária-geral do partido no poder no Sudão do Sul, e Riek Machar chegaram a assinar um documento qualificado pela mediação de "acordo de paz"


	Soldados do Sudão do Sul: a assinatura do documento por Amum e Machar, enquanto Salva Kiir, presente na sala, apertou publicamente a mão de seu rival, levou a crer que um acordo de paz havia sido concluído
 (ADRIANE OHANESIAN/AFP/GettyImages)

Soldados do Sudão do Sul: a assinatura do documento por Amum e Machar, enquanto Salva Kiir, presente na sala, apertou publicamente a mão de seu rival, levou a crer que um acordo de paz havia sido concluído (ADRIANE OHANESIAN/AFP/GettyImages)

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Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2015 às 15h19.

O presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, e o líder rebelde Riek Machar não chegaram a um acordo de paz em Addis Abeba, apesar do ultimato da comunidade internacional para colocarem fim a vinte meses de uma guerra civil que deixou milhares de mortos.

Pagan Amum, secretária-geral do SPLM, partido no poder no Sudão do Sul, e Riek Machar chegaram a assinar um documento qualificado pela mediação de "acordo de paz", mas o governo emitiu reservas e não assinou.

A assinatura do documento por Amum e Machar, enquanto Salva Kiir, presente na sala, apertou publicamente a mão de seu rival, levou a crer que um acordo de paz havia sido concluído.

Mas "esta cerimônia não está completa sem a assinatura do governo", lamentou o chefe da mediação, Seyoum Mesfin.

"O presidente (sul-sudanês Salva Kiir) retornará em 15 dias a Addis Abeba para concluir o acordo de paz", assegurou, sem outros detalhes, na presença da presidente da Comissão da UA, Nkosazana Dlamini-Zuma, do primeiro-ministro etíope Hailemariam Desalegn e do presidente queniano Uhuru Kenyatta.

A guerra civil no Sudão do Sul começou em dezembro de 2013, na capital Juba, quando Salva Kiir, de etnia Dinka, acusou seu vice-presidente - de etnia Nuer - Riek Machar, recém destituído, de fomentar um golpe de Estado.

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