Sudão do Sul aceita cooperação se não atingir sua soberania
"A ajuda requer certo diálogo, mas não deve se transformar em uma intervenção que diminua nossa soberania e poder", afirmou o presidente sul-sudanês, Salva Kiir
Da Redação
Publicado em 15 de agosto de 2016 às 09h31.
Juba - O presidente sul-sudanês , Salva Kiir, se mostrou disposto nesta segunda-feira a "cooperar" com organismos regionais e internacionais para alcançar a paz e estabilidade no país, mas com a condição de que isto não atinja a soberania nacional.
Em discurso por ocasião da inauguração do parlamento de transição, Kiir esclareceu que não é contra as Nações Unidas, a africana Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (Igad) ou os Estados Unidos .
No entanto, apontou, "a ajuda requer certo diálogo, mas não deve se transformar em uma intervenção que diminua nossa soberania e poder".
O presidente fez referência à resolução do Conselho de Segurança, aprovada na sexta-feira, que reforça a missão de pacificação no Sudão do Sul (UNMISS), incluído o desdobramento de novos soldados até chegar aos 17 mil.
Kiir desmentiu que seu gabinete tenha rejeitado a colaboração com a ONU e afirmou que "o governo de transição não se reuniu ainda para formular uma postura definitiva perante a resolução do Conselho de Segurança".
Desta forma, o líder diminuiu valor das declarações de 10 de agosto do porta-voz governamental, Michael Makaui Luiz, que disse que o executivo rejeitava a proposta americana de aumentar em 4 mil os soldados da UNMISS.
Apesar de suas "reservas" sobre alguns artigos da resolução, que não mencionou, Kiir afirmou que aceita manter um diálogo tanto com a Igad como com a missão da ONU no país e outros parceiros internacionais.
O líder reafirmou o compromisso de seu executivo com o acordo de paz, assinado há um ano, e com a realização de uma investigação global sobre as acusações de violações de civis por parte de suas tropas.
Kirr ressaltou a importância de acabar com as agressões sexuais e garantiu que "serão levados a julgamento todos os envolvidos" nestes crimes.
A resolução do Conselho de Segurança, aprovada em 12 de agosto, estipula que entre os 17 mil militares com os quais contará a UNMISS, haverá 4 mil novos soldados africanos.
Esta decisão foi tomada depois que os combates entre unidades militares rivais registrados na capital, Juba, entre 8 e 11 de julho deixaram pelo menos 300 mortos e provocaram o deslocamento de milhares de pessoas.
Os confrontos foi entre forças de Kiir e do líder opositor, Riek Machar, que atualmente se encontra em paradeiro desconhecido e que foi substituído como vice-presidente do governo de unidade.
O conflito entre ambos explodiu em dezembro de 2013, quando Kiir denunciou uma suposta tentativa de golpe de Estado liderada por Machar, apesar da assinatura de um acordo de paz em agosto de 2015 estar longe de se resolver.
Juba - O presidente sul-sudanês , Salva Kiir, se mostrou disposto nesta segunda-feira a "cooperar" com organismos regionais e internacionais para alcançar a paz e estabilidade no país, mas com a condição de que isto não atinja a soberania nacional.
Em discurso por ocasião da inauguração do parlamento de transição, Kiir esclareceu que não é contra as Nações Unidas, a africana Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (Igad) ou os Estados Unidos .
No entanto, apontou, "a ajuda requer certo diálogo, mas não deve se transformar em uma intervenção que diminua nossa soberania e poder".
O presidente fez referência à resolução do Conselho de Segurança, aprovada na sexta-feira, que reforça a missão de pacificação no Sudão do Sul (UNMISS), incluído o desdobramento de novos soldados até chegar aos 17 mil.
Kiir desmentiu que seu gabinete tenha rejeitado a colaboração com a ONU e afirmou que "o governo de transição não se reuniu ainda para formular uma postura definitiva perante a resolução do Conselho de Segurança".
Desta forma, o líder diminuiu valor das declarações de 10 de agosto do porta-voz governamental, Michael Makaui Luiz, que disse que o executivo rejeitava a proposta americana de aumentar em 4 mil os soldados da UNMISS.
Apesar de suas "reservas" sobre alguns artigos da resolução, que não mencionou, Kiir afirmou que aceita manter um diálogo tanto com a Igad como com a missão da ONU no país e outros parceiros internacionais.
O líder reafirmou o compromisso de seu executivo com o acordo de paz, assinado há um ano, e com a realização de uma investigação global sobre as acusações de violações de civis por parte de suas tropas.
Kirr ressaltou a importância de acabar com as agressões sexuais e garantiu que "serão levados a julgamento todos os envolvidos" nestes crimes.
A resolução do Conselho de Segurança, aprovada em 12 de agosto, estipula que entre os 17 mil militares com os quais contará a UNMISS, haverá 4 mil novos soldados africanos.
Esta decisão foi tomada depois que os combates entre unidades militares rivais registrados na capital, Juba, entre 8 e 11 de julho deixaram pelo menos 300 mortos e provocaram o deslocamento de milhares de pessoas.
Os confrontos foi entre forças de Kiir e do líder opositor, Riek Machar, que atualmente se encontra em paradeiro desconhecido e que foi substituído como vice-presidente do governo de unidade.
O conflito entre ambos explodiu em dezembro de 2013, quando Kiir denunciou uma suposta tentativa de golpe de Estado liderada por Machar, apesar da assinatura de um acordo de paz em agosto de 2015 estar longe de se resolver.