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Submarino do Titanic: o que aconteceu com os corpos das vítimas da implosão do submersível?

Destroços do veículo aquático foram localizados no fundo do oceano, a cerca de 500 metros da proa do Titanic

Submersível: mortes provavelmente foram instantâneas e indolores (Ocean Gate / Handout/Anadolu Agency/Getty Images)

Publicado em 24 de junho de 2023 às 11h32.

Última atualização em 24 de junho de 2023 às 15h32.

As autoridades americanas confirmaram que os cinco tripulantes do submersível Titan ,que se perdeu no oceano e implodiu durante uma expedição aos destroços do Titanic, morreram. Mas o que ocorre com o corpo humano durante um evento de implosão?

O que acontece com o corpo em uma implosão?

O ex-diretor de medicina submarina e saúde de radiação da Marinha dos Estados Unidos, Dale Molé, explica que as mortes provavelmente foram instantâneas e indolores após a estrutura do submarino não ter conseguido suportar a pressão externa, que é extremamente alta na profundidade em que ele estava, cerca de 400 vezes superior à do nível do mar.

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"Teria sido tão de repente, que eles nem saberiam que havia um problema ou o que aconteceu com eles. É como estar aqui um minuto, e então o interruptor é desligado. Você está vivo em um milissegundo e no próximo milissegundo você está morto", disse o especialista ao jornal britânico DailyMail.

O que é uma implosão?

Uma implosão é basicamente o oposto de uma explosão. Em vez de a pressão se mover de dentro para fora, ela entra. Mas, assim como seria numa explosão, é improvável que reste muito da embarcação e do que estava dentro dela após o acontecimento. Logo, os corpos foram destruídos pela alta pressão.

O que aconteceu com tripulantes de submarino?

Ainda não ficou claro em que momento exatamente desde que o submersível desapareceu, no último domingo, ocorreu a implosão – e se os tripulantes de fato morreram apenas no momento, ou antes. A única certeza é que é impossível um indivíduo ter sobrevivido à experiência. “Eles teriam sido feitos em pedaços”, disse o especialista.

"O casco de pressão é a câmara onde residem os ocupantes. Parece que eles chegaram ao fundo quando o vaso de pressão implodiu e, geralmente, quando cede, cede de uma só vez. Parece que foi o cilindro de fibra de carbono que cedeu e resultou na implosão", avaliou Molé.

É o que explica também Nicolai Roterman, um ecologista de águas profundas da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido. Ele conta que bastaria uma única quebra na estrutura do submersível naquela profundidade para a embarcação ceder imediatamente, e os tripulantes morrerem.

"Se houvesse qualquer tipo de quebra no casco, os ocupantes sucumbiriam ao oceano em um instante", disse ao DailyMail.

Falhas no sistema de oxigenação

Além disso, falhas no sistema de oxigenação podem ter levado os passageiros a chegarem no momento da implosão já vivendo efeitos de algo chamado narcose de nitrogênio, também conhecido como embriaguez das profundezas.

A partir de 30 metros de profundidade, há a necessidade de um suporte respiratório específico que mistura oxigênio diluído em gás hélio. Quando ele não funciona adequadamente, o aumento do nitrogênio provoca sintomas semelhantes à intoxicação por álcool, como problemas no raciocínio, desorientação, e até mesmo euforia.

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