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Status quo em Gaza e Cisjordânia é insustentável, diz Obama

Barack Obama disse que o status quo em Gaza e Cisjordânia "não é sustentável" e que o mundo não pode ignorar o estagnado processo de paz


	Barack Obama: "sejamos claros: o status quo na Cisjordânia e Gaza não é sustentável"
 (Shannon Stapleton/Reuters)

Barack Obama: "sejamos claros: o status quo na Cisjordânia e Gaza não é sustentável" (Shannon Stapleton/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2014 às 14h17.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assegurou nesta quarta-feira perante a Assembleia Geral da ONU que o status quo em Gaza e Cisjordânia "não é sustentável" e que o mundo "não pode" ignorar o estagnado processo de paz entre israelenses e palestinos.

"Sejamos claros: o status quo na Cisjordânia e Gaza não é sustentável. Não podemos nos permitir se afastar deste esforço, não quando são disparados foguetes contra israelenses inocentes e são tiradas em Gaza as vidas de tantos crianças palestinas inocentes", afirmou Obama em seu discurso perante a Assembleia Geral.

O líder se referiu à crise de Gaza concluída no final de agosto, após 50 dias de enfrentamentos armados nos quais morreram mais de 2.100 palestinos e 70 israelenses.

"Enquanto eu for presidente, nos manteremos firmes no princípio de que israelenses, palestinos, a região e o mundo serão mais justos com dois Estados que vivam lado a lado, em paz e segurança", assegurou Obama.

O presidente americano afirmou que "a violência que engole a região", com sangrentos conflitos no Iraque e Síria, "fez com que muitos israelenses estejam dispostos a abandonar o duro trabalho da paz".

"Mas por mais desalentador que pareça o panorama, os Estados Unidos nunca se renderão na busca da paz", prometeu.

"A situação no Iraque, Síria e Líbia deve parar em qualquer ilusão de que este conflito (israelense-palestino) seja a principal fonte de problemas na região: durante demais tempo foi usada parte como uma forma de distrair o povo dos problemas domésticos", acrescentou.

Os Estados Unidos fizeram o papel de mediador durante nove meses entre Israel e os palestinos desde julho de 2013, quando o governo de Obama relançou as negociações diretas, até final de abril, quando o processo fracassou pelas posições inamovíveis de ambas as partes.

Obama deve se reunir em 1 de outubro com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca, e o secretário de Estado americano, John Kerry, se reuniu nesta terça-feira em Nova York com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.

Abbas procura durante esta Assembleia da ONU levar adiante uma nova iniciativa de paz que pretende pôr data fixa para a evacuação israelense da Cisjordânia e Jerusalém Oriental, em um prazo não superior a três anos. 

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