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Starbucks, Amazon e Google respondem por evasão de impostos

Os diretores das três multinacionais americanas foram interrogados pela comissão de contas públicas do Parlamento britânico


	A Starbucks quase não pagou impostos desde então por ter declarado perdas na maioria dos anos
 (Divulgação)

A Starbucks quase não pagou impostos desde então por ter declarado perdas na maioria dos anos (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2012 às 18h44.

Londres- Executivos das empresas Starbucks, Amazon e Google compareceram nesta segunda-feira perante uma comissão do Parlamento britânico que investiga a suposta evasão de impostos de várias multinacionais no Reino Unido.

Os diretores das três multinacionais americanas foram interrogados pela comissão de contas públicas do Parlamento britânico após terem sido acusadas nas últimas semanas de evadir impostos no Reino Unido desviando seus lucros através de escritórios em outros países onde recebem certos privilégios fiscais.

Os parlamentares do comitê de contas públicas acusaram em um agressivo interrogatório o chefe de finanças globais da conhecida rede de cafeterias, Troy Alstead, de manipular as contas da empresa desviando seus lucros por meio de filiais na Holanda e na Suíça.

A Starbucks, instalada no Reino Unido desde 1998 e cujas vendas no ano passado no Reino Unido alcançaram US$ 615 milhões, quase não pagou impostos desde então por ter declarado perdas na maioria dos anos, segundo os membros da comissão.

Alstead se defendeu ao assegurar que a Starbucks só teve lucro no Reino Unido em 2006 dados os ''altos custos do aluguel'' e insistiu que ''não houve evasão de impostos''.

Em uma polêmica similar estão a loja virtual Amazon, a primeira em número de vendas no país, e o buscador Google, que supostamente esquivam suas obrigações fiscais desviando seus lucros através de suas empresas em Luxemburgo e na Irlanda respectivamente.

Andrew Cecil, diretor de políticas públicas da Amazon, explicou perante o comitê que a filial europeia da companhia obteve lucro de US$ 25,4 milhões em 2011, mas foi incapaz de especificar que parte correspondia a suas operações no Reino Unido, o que enfureceu os parlamentares.


''A ideia que venha aqui e não respondas a nossa pergunta alegando ignorância é atroz. Não acredito que não tenha essa informação. Sua atividade é aqui e não pagam impostos. Isto realmente nos irrita'', criticou a presidente do comitê, Margaret Hodge.

O diretor-geral do Google no Reino Unido, Matt Brittin, admitiu que a companhia californiana opera na Irlanda porque suas taxas são mais atrativas e que, embora ''queiram jogar de acordo com as regras, seu trabalho também é tramitar os custos de maneira eficiente para oferecer o valor adequado a seus acionistas''.

Agora, a comissão deverá redigir um relatório de conclusões que não é legalmente vinculativo. 

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