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Vítimas do tsunami ganham tecnologia wireless e perdão de dívida

Esforços convencionais como a doação de alimentos, água potável e remédios dependem de comunicações sem fio para coordenar a entrega aos mais necessitados. Além do apoio tecnológico, países desenvolvidos começam a discutir o perdão de dívidas dos atin

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

A tragédia em países pobres da Ásia mobilizou doações de todo o mundo. Além dos esforços convencionais, empresas e nações começaram a oferecer donativos diferentes. Um consórcio de empresas de tecnologia decidiu doar equipamentos de comunicação wireless aos países do sudeste asiático atingidos pelo maremoto de 26 de dezembro. De acordo com o site especializado Red Herring, as conexões de banda larga sem fio são cruciais para coordenar as operações de resgate e apoio aos sobreviventes onde a infra-estrutura de comunicação foi destruída pelo mar.

O consórcio NetHope reúne empresas de tecnologia de informação (TI), entre as quais a Cisco Systems, e organizações de ajuda humanitária. Os kits, que serão montados pela Cisco, obtêm com facilidade conexão sem fio com satélites da empresa Inmarsat. Os equipamentos foram concebidos especificamente para a gestão em tempo real de desastres e podem baixar mapas, plantas de edifícios e fotos de satélite de regiões inteiras.

A IBM Global Services enviou à Índia, Sri Lanka e Tailândia equipes de reação a crises, onde estão entregando em conjunto com os governos locais servidores, data centers e softwares para rastrear vítimas e coordenar a logística do socorro.

A Associação Internacional de Comunicações Wireless marcou para 13 de janeiro uma reunião para articular esforços conjuntos da indústria. Segundo o presidente da entidade, Andrew Kreig, os equipamentos de comunicação são vitais neste momento. Outra iniciativa, batizada de Reconexão Pós-Tsunami, está doando antenas e equipamentos de rádio, além de recrutar técnicos voluntários para trabalhar nas áreas afetadas.

Perdão de dívidas

Outra ajuda partiu de nações desenvolvidas. Países credores propõem a moratória das dívidas dos lugarse afetados uma iniciativa raríssima, que só uma tragédia poderia desencadear. O ministro das Finanças do Reino Unido, Gordon Brown, propôs nesta terça-feira (4/1) a suspensão imediata dos pagamentos relacionados à dívida externa dos países atingidos pelas ondas gigantes, que somariam, segundo cálculos, cerca de 3 bilhões de dólares anuais. Estima-se que o prejuízo econômico total decorrente da tragédia alcance 14 bilhões de dólares.

A moratória seria acompanhada de uma análise da estrutura de endividamento de cada país, com a possibilidade de cancelamento de parte dos passivos daqueles mais atingidos Indonésia, Índia, Sri Lanka, Tailândia e Ilhas Maldivas.

Segundo Brown, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, John Snow, manifestou apoio à idéia da moratória. Segundo o diário britânico Financial Times, o ministro pretende anunciar um acordo durante reunião do Clube de Paris, de nações credoras, em 12 de janeiro. Só a Indonésia deve ao clube cerca de 40 bilhões de dólares.

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