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Solidariedade completa 32 anos sem apoio de poloneses

Sindicato tradicional foi determinante para acabar com o comunismo na Europa Oriental


	52% dos poloneses maiores de 49 anos, e que portanto viverem na época de lutas do Solidariedade, afirmaram não se identificar mais com a organização
 (Wikimedia Commons)

52% dos poloneses maiores de 49 anos, e que portanto viverem na época de lutas do Solidariedade, afirmaram não se identificar mais com a organização (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2012 às 21h42.

Varsóvia - No dia em que o tradicional sindicato Solidariedade completou 32 anos de sua legalização, mais da metade dos poloneses não se identificam com a imagem da organização, determinante para acabar com o comunismo na Europa Oriental, segundo uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira.

O distanciamento entre a sociedade e o Solidariedade, o primeiro sindicato independente do bloco comunista, não é novo. O próprio fundador de Solidariedade, Lech Walesa, prêmio Nobel da Paz e primeiro presidente da Polônia democrática, abandonou há anos a organização por desacordos com a atual direção, a qual acusa de trair os valores iniciais do sindicato.

Apesar das desavenças, Walesa presidiu hoje a missa realizada em Gdansk, norte da Polônia, onde históricos militantes do Solidariedade lembraram os acordos nos quais o governo cedeu aos protestos de operários de estaleiros e legalizou o sindicato.

''Há 32 anos ocorreu uma grande vitória e esta deveria ser comemorada transformando este dia em festa nacional'', disse Walesa.

Mas na atualidade, as coisas mudaram, e 52% dos poloneses maiores de 49 anos, e que portanto viverem na época de lutas do Solidariedade, afirmaram não se identificar mais com a organização, segundo revelou hoje uma pesquisa elaborada pelo instituto CBOS.

Mesmo entre os filiados ao Solidariedade no anos 80, 40% reconhece que já não se identifica com a imagem do sindicato, que com as greves e protestos conseguiu vencer o Kremlin. 

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