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Soldados ucranianos rompem cerco de rebeldes

Quinze soldados e guardas de fronteira morreram na operação, informaram os militares da Ucrânia


	Tropas ucranianas: baixas militares mais recentes no leste ucraniano colocam o saldo de mortes em mais de 400
 (Valentyn Ogirenko/Reuters)

Tropas ucranianas: baixas militares mais recentes no leste ucraniano colocam o saldo de mortes em mais de 400 (Valentyn Ogirenko/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2014 às 14h15.

Kiev - Unidades do Exército ucraniano que estavam cercadas por separatistas na fronteira com a Rússia romperam o bloqueio nesta sexta-feira e se reuniram às forças do governo, mas 15 soldados e guardas de fronteira morreram na operação, informaram os militares da Ucrânia.

Fontes militares citadas pela mídia ucraniana disseram que unidades do país estavam sitiadas pelos rebeldes em um trecho da divisa com a Rússia ao sul da cidade de Luhansk e leste de Donetsk, maior cidade da região.

Depois que forças do governo abriram um corredor de fuga, as unidades sitiadas conseguiram escapar, declararam as fontes militares.

“Sete soldados e oito guardas de fronteira foram mortos, e 79 ficaram feridos”, declarou o porta-voz militar Andriy Lysenko a jornalistas.

Forças governamentais disseram estar apertando o cerca gradativamente em torno dos separatistas pró-Moscou fortemente armados.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos afirma que os combates já custaram as vidas de mais de 1.100 pessoas no total, somando forças do Estado, rebeldes e civis, desde o início do conflito em abril.

As baixas militares mais recentes no leste ucraniano colocam o saldo de mortes em mais de 400 só entre forças do governo.

Kiev e seus aliados ocidentais acusam a Rússia de tentar desestabilizar a Ucrânia e armar os rebeldes, que declararam “repúblicas populares” em duas importantes regiões industriais. Moscou nega envolvimento.

Os Estados Unidos e a União Europeia impuseram sanções à Rússia, e Moscou retaliou proibindo uma gama de importações de produtos alimentícios ocidentais.

Os combates se intensificaram desde a derrubada do voo MH17 da Malaysia Airlines em 17 de julho, matando as 298 pessoas a bordo, ato que o Ocidente atribuiu aos rebeldes, enquanto a Rússia e os separatistas culpam a ofensiva militar de Kiev pelo desastre.

Uma equipe internacional de especialistas, que retira destroços e pertences das vítimas do local da queda do avião, que se estende por uma vasta área na zona de conflito, interromperam seus trabalho na quarta-feira por causa dos riscos à segurança.

O governo de Kiev anunciou nesta sexta-feira que irá continuar a respeitar o cessar-fogo na região, contradizendo uma declaração emitida na quinta-feira.

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