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Sírios em Raqqa temem pagar o preço por ataques em Paris

Sírios vivendo sob o regime do Estado Islâmico na sua capital de fato, Raqqa, temem pagar o preço pelas ações do grupo em Paris com mais ataques aéreos


	Raqqa, no Leste da Síria: a cidade sofreu ataques aéreos pesados da França imediatamente depois dos atentados
 (REUTERS/Hamid Khatib)

Raqqa, no Leste da Síria: a cidade sofreu ataques aéreos pesados da França imediatamente depois dos atentados (REUTERS/Hamid Khatib)

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2015 às 19h44.

Amã/Beirute - Sírios vivendo sob o regime do Estado Islâmico na sua capital de fato, Raqqa, temem pagar o preço pelas ações do grupo em Paris com mais ataques aéreos.

A cidade, que já é bombardeada pela Rússia e pela aliança liderada pelos Estados Unidos, sofreu ataques aéreos pesados da França imediatamente depois dos atentados de Paris, que deixaram 129 mortos na noite de sexta-feira. Foram lançadas 20 bombas, atingindo uma área de treinamento e recrutamento e um depósito de armas, disse o Ministério da Defesa da França.

Ativistas e um grupo de monitoramento da guerra síria, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, afirmaram que parecia que os ataques franceses haviam sido certeiros e não relataram nenhuma vítima.

O ataque aéreo francês foi precedido por um ataque de aviões russos, cuja força aérea tem bombardeado a cidade desde de setembro, na sua campanha de apoio ao presidente sírio, Bashar al-Assad.

“Os céus de Raqqa estavam lotados de aviões de guerra ontem”, disse um integrante do grupo Raqqa Está Sendo Massacrada Silenciosamente.

“Diferentes lados atacaram a cidade, criando um estado de terror entre os cidadãos, que estão esperando ser os que vão pagar o preço pelo que o Daesh fez”, afirmou o ativista, contatado pelo Reuters. Daesh é um termo árabe para o Estado Islâmico.

"As ondas de ataques aéreos começaram com os russos, que durante o dia atacaram um distrito residencial na cidade, deixando cinco mártires civis, incluindo uma criança”, declarou o ativista, cujo grupo se opõe tanto ao Estado Islâmico quanto ao governo sírio.

O ativista não quis ser identificado por razões de segurança.

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