Visita inesperada de Muallem ocorre no mesmo dia em que autoridades iraquianas vasculharam um avião com destino a Síria e que cruzou o espaço aéreo do Iraque depois de partir de Moscou (Joseph Eid/AFP)
Da Redação
Publicado em 26 de maio de 2013 às 11h32.
Bagdá - O ministro de Relações Exteriores da Síria, Walid Muallem, confirmou neste domingo, 26, que o governo de seu país vai participar de uma conferência de paz em Genebra, descrevendo o evento como uma "boa oportunidade para se alcançar uma solução política" para a guerra civil síria.
Em coletiva de imprensa realizada em Bagdá, Muallem disse que havia comunicado sua decisão ao colega iraquiano Hoshyar Zebari e ao primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki.
Muallem, que fez uma visita não anunciada à capital iraquiana, anunciou aos repórteres que o regime do presidente sírio Bashar Assad concordou, "em princípio", participar da conferência internacional que deverá ser realizada na cidade suíça de Genebra em junho.
A visita inesperada de Muallem ocorre no mesmo dia em que autoridades iraquianas vasculharam um avião com destino a Síria e que cruzou o espaço aéreo do Iraque depois de partir de Moscou. Nenhum "item proibido" foi encontrado a bordo da aeronave", segundo o chefe da agência de aviação civil iraquiana, Nasser Bandar.
Em Abu Dhabi, o ministro francês de Relações Exteriores, Laurent Fabius, disse hoje que a França promoverá um encontro tripartite para discutir a realização de uma conferência de paz internacional com o objetivo de encerrar o conflito na Síria.
"Na noite desta segunda-feira, vou receber meus colegas de pasta norte-americano e russo, e discutiremos" os preparativos para a conferência planejada para o mês que vem, afirmou Fabius.
O encontro entre Fabius, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o ministro russo de Relações Exteriores, Sergei Lavrov, será em Paris.
"Espero que encontremos elementos para que essa conferência aconteça porque a tragédia na Síria está causando mortes, dezenas de mortes a cada dia, e precisamos encontrar uma solução política", disse Fabius. As informações são da Dow Jones.