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Síria e Líbano selam cessar-fogo após confrontos que deixaram 7 mortos na fronteira

Anúncio foi feito poucas horas depois que o Ministério da Saúde Pública do Líbano informou que pelo menos sete pessoas foram mortas e outras 52 ficaram feridas nos dois dias de confrontos na fronteira

Guerra na Síria: combates se desencadearam há dois dias, depois que três militares sírios leais ao novo governo de Damasco foram mortos em uma emboscada por combatentes do grupo xiita libanês Hezbollah (AFP/AFP)

Guerra na Síria: combates se desencadearam há dois dias, depois que três militares sírios leais ao novo governo de Damasco foram mortos em uma emboscada por combatentes do grupo xiita libanês Hezbollah (AFP/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 17 de março de 2025 às 21h12.

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Síria e Líbano anunciaram nesta segunda-feira, 17, um acordo de cessar-fogo entre os dois países após confrontos nos últimos dois dias em sua fronteira comum que deixaram pelo menos sete pessoas mortas e cerca de 50 feridas, informaram fontes oficiais.

"Um acordo entre os ministérios da Defesa da Síria e do Líbano estipula um cessar-fogo na fronteira e uma maior coordenação e cooperação entre os dois lados", comunicou a agência oficial de notícias síria "SANA".

Os combates se desencadearam há dois dias, depois que três militares sírios leais ao novo governo de Damasco foram mortos em uma emboscada por combatentes do grupo xiita libanês Hezbollah dentro do território sírio.

A mídia estatal síria não divulgou detalhes, embora a libanesa Agência Nacional de Notícias" tenha confirmado que um acordo para o fim das hostilidades foi alcançado durante uma conversa telefônica entre o ministro da Defesa libanês, Michel Mensa, e o ministro da Defesa sírio, Marhaf Abu Qasra.

"Um cessar-fogo foi acordado entre os dois lados, e a comunicação entre a Diretoria de Inteligência do Exército Libanês e a Inteligência Síria continuará a fim de evitar a deterioração da situação na fronteira entre os dois países e evitar a perda de vidas civis inocentes", confirmou a agência libanesa.

O número exato de vítimas dos confrontos na fronteira é desconhecido. O anúncio do cessar-fogo foi feito poucas horas depois que o Ministério da Saúde Pública do Líbano informou que pelo menos sete pessoas foram mortas e outras 52 ficaram feridas nos dois dias de confrontos na fronteira.

Por sua vez, a "SyriaTv", que está alinhada com a gestão interina em Damasco, anunciou "a morte de dez combatentes do Exército Árabe Sírio nas últimas 24 horas em confrontos na fronteira entre a Síria e o Líbano". Citando uma fonte não identificada do Ministério da Defesa, a emissora afirmou que o Exército sírio estava "libertando territórios ocupados pelo Hezbollah durante o regime do (presidente deposto Bashar) al-Assad".

O veículo também observou que "o Exército sírio não entrou no território libanês" e que "os confrontos com o Hezbollah estão ocorrendo em nossa terra e não há nenhum problema entre a Síria e o Líbano".

O Exército libanês informou que havia enviado reforços para a região de Hermel, na fronteira sírio-libanesa, depois que "várias de suas posições foram atacadas a partir do território sírio".

"As unidades militares enviadas também concentraram seus tiros em seus alvos dentro de suas zonas de tiro para interromper os ataques ao território libanês", detalhou o comunicado.

O presidente libanês e ex-chefe do Exército Joseph Aoun também anunciou que havia instruído as forças armadas a responder à "fonte do fogo".

O Hezbollah era o principal apoiador do regime de Assad, que foi derrubado pelo novo governo sírio liderado por Ahmed al-Sharaa em 8 de dezembro.

Desde a derrubada de Bashar al-Assad, houve combates na fronteira entre os dois países, já que o Exército libanês procura fechar as passagens ilegais que serviam como contrabando e rotas de entrada e saída para os combatentes do Hezbollah.

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