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Sindicatos da Venezuela exigem divulgação "imediata" de resultados eleitorais

A Rede Sindical Venezuelana também rejeitou a "perseguição" e a "intimidação" de "pessoas que saíram às ruas

Um transeunte passa por um grafite onde se lê "Chains down", em alusão a uma frase do hino nacional venezuelano, em Caracas, em 5 de agosto de 2024. A União Europeia aumentou ainda mais a pressão internacional na véspera sobre o presidente venezuelano Nicolás Maduro, aderindo Washington e as nações latino-americanas ao recusarem reconhecer a vitória que reivindicou nas recentes eleições marcadas por alegações de fraude (Yuri CORTEZ/AFP)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 6 de agosto de 2024 às 07h23.

A Rede Sindical Venezuelana exigiu nesta segunda-feira, 5, que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) divulgue "imediatamente" os resultados das eleições presidenciais de 28 de julho, a fim de "garantir a transparência e a legitimidade" do pleito, no qual o presidenteNicolás Madurofoi declarado vencedor, resultado rejeitado pela oposição.

" Exigimos categoricamente a divulgação imediata, pelo Conselho Nacional Eleitoral, dos resultados da contagem de votos e das atas de verificação, de acordo com a lei. Esse passo é fundamental para garantir a transparência e a legitimidade do processo eleitoral e, acima de tudo, a paz", declarou a rede, que considera "imperativo" que a vontade do povo seja respeitada.

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Em comunicado, a organização também rejeitou a "perseguição" e a "intimidação" de "pessoas que saíram às ruas pacificamente para protestar, exigindo a divulgação oportuna dos resultados das eleições", e também a cessação "imediata" destas ações, assim como a libertação de "todos aqueles que foram injustamente detidos".

De acordo com o procurador-geral do país, Tarek William Saab, uma vez que as investigações correspondentes tenham sido realizadas, aqueles que foram considerados sem relação com a violência desencadeada nos protestos serão libertados, embora não se saiba em que estágio o procedimento se encontra ou se algum dos detidos foi libertado.

A rede disse ter recebido " relatos de intimidação, assédio e demissão de trabalhadores pelo simples fato de exercerem seu direito de voto, o que é inconstitucional", sem especificar quantos casos foram registrados ou outros detalhes sobre eles.

Na última sexta-feira, o CNE ofereceu um segundo e, por enquanto, último balanço, no qual ratificou o triunfo de Maduro - já antecipado na noite de domingo em um primeiro anúncio - com 51,95% dos votos. Edmundo González Urrutia, candidato da oposição, teria obtido 43,18% dos votos, com 96,87% da contagem totalizada.

A líder opositora María Corina Machado reiterou no domingo que os relatórios dos fiscais de votação em "mais de 80% das seções eleitorais", que estão "disponíveis no site resultsconvzla.com, não deixam margem para dúvidas: Edmundo González Urrutia é o presidente eleito" da Venezuela.

Manifestantes nas ruas contra reeleição de Maduro

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