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Seul volta a considerar a Coreia do Norte como principal inimigo

A Coreia do Sul voltou a utilizar a expressão, que havia sido retirada em 2004, por conta do afundamento de um dos seus navios por parte da marinha norte-coreana, em março deste ano

População de Seul saiu às ruas para mostrar descontentamento com o governo da Coreia do Norte (.)

População de Seul saiu às ruas para mostrar descontentamento com o governo da Coreia do Norte (.)

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Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2010 às 09h43.

Seul - A Coreia do Sul decidiu nesta terça-feira declarar que a Coreia do Norte é, novamente, seu "principal inimigo", expressão que tinha retirado em 2004, após acusar o país comunista de afundar em março um de seus navios de guerra, causando 46 mortes.

Segundo a agência sul-coreana "Yonhap", um responsável do Governo sul-coreano considerou que a medida de restaurar o termo de "principal inimigo" era lógica, e confirmou que Seul o incluirá novamente no "livro branco" do Ministério da Defesa do país.

A Coreia do Sul utilizou esta definição pela primeira vez em 1995, depois que um político norte-coreano ameaçou transformar Seul em um "mar de fogo" durante um encontro militar bilateral realizado no ano anterior.

No entanto, o Governo eliminou a expressão em 2004, após a melhora das relações entre as duas Coreias, e em seu lugar empregou denominações como "ameaça militar direta" ou "ameaça militar existente" para definir a Coreia do Norte.

A decisão de Seul acontece um dia depois que o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, anunciou publicamente a suspensão dos intercâmbios com Coreia do Norte e exigiu desculpas pelo afundamento do navio "Cheonan".

Enquanto isso, o Governo da China, principal aliado dos norte-coreanos, pediu "a todas as partes" para usarem moderação, afirmando que "o diálogo é melhor que o conflito".

"Esperamos que todas as partes implicadas mantenham a calma e exerçam a moderação a fim de conduzir adequadamente o assunto para evitar que a situação se agrave", assinalou a porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores da China, Jiang Yu.

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