Mundo

Elétricas deixam para última hora decisão sobre concessões

Empresas marcaram reuniões para discutir proposta do governo até a véspera da data limite


	Para o diretor da Abrate, empresas tomaram um susto com a medida sem discussão do governo
 (Prakash Singh/AFP)

Para o diretor da Abrate, empresas tomaram um susto com a medida sem discussão do governo (Prakash Singh/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2012 às 13h50.

Brasília – A poucos dias da assinatura dos contratos de renovação antecipada das concessões do setor elétrico, que ocorre na próxima terça-feira (4), seguindo determinação da Medida Provisória 579, o número de empresas interessadas em aderir à proposta do governo segue indefinido.

Para o diretor da Associação Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão de Energia Elétrica (Abrate), César de Barros Pinto, a medida do governo provoca insegurança e gera dúvidas quanto à adesão. “A medida sem discussão espantou muitas empresas. Nós gostaríamos de ter oportunidade de discutir alguns aspectos”, comentou.

O Brasil tem 123 usinas hidrelétricas em operação. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica, 82 foram consideradas aptas para renovar seus contratos. As nove empresas transmissoras de energia do país também foram aprovadas para renovação.

De acordo com o representante da Abrate, as empresas marcaram reuniões até a véspera da data limite. “Ainda não é possível precisar a quantidade de empresas interessadas. Não temos conhecimento total das regras. Temos apenas que apostar que vai dar tudo certo”, disse.

O governo anunciou na última quinta-feira (29), uma medida provisória que altera as indenizações às companhias de energia que optarem pela renovação antecipada. Em entrevista coletiva, o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Zimmermann, disse que a mudança visa a tornar a proposta de adesão “mais atrativa”.

O governo também refez os cálculos e vai aumentar em R$ 870 milhões o valor de indenização de dez usinas de energia elétrica. Os valores foram corrigidos pelo MME e o Ministério da Fazenda. Mesmo com as mudanças envolvendo a assinatura dos contratos de renovação, Zimmermann garantiu que o prazo não será prorrogado. “O prazo está mantido”, assegurou.

Acompanhe tudo sobre:ConcessionáriasMinistério da Fazenda

Mais de Mundo

Violência após eleição presidencial deixa mais de 20 mortos em Moçambique

38 pessoas morreram em queda de avião no Azerbaijão, diz autoridade do Cazaquistão

Desi Bouterse, ex-ditador do Suriname e foragido da justiça, morre aos 79 anos

Petro anuncia aumento de 9,54% no salário mínimo na Colômbia