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Serra busca reconstruir pontes com líderes do DEM

Objetivo é atenuar ruídos políticos que prejudicaram o desempenho eleitoral do PSDB no primeiro turno

O candidato do PSDB, José Serra: ele já deu sinal de que precisa do DEM (.)

O candidato do PSDB, José Serra: ele já deu sinal de que precisa do DEM (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

São Paulo - Com o intuito de atenuar os ruídos políticos que prejudicaram seu desempenho eleitoral no primeiro turno, o presidenciável José Serra (PSDB) busca reconstruir pontes com a direção do DEM e aliados dos quais se distanciou ao longo da campanha.

O resultado das urnas para o DEM não foi tão devastador quanto se imaginava e o engajamento integral do partido no segundo turno é visto por tucanos como fundamental para reduzir a diferença eleitoral entre Serra e Dilma Rousseff (PT), especialmente no Nordeste e no Sul.

Ao colocar o ex-senador Jorge Bornhausen (SC) no núcleo político que tomará as decisões sobre a campanha, Serra, segundo integrantes do DEM, deu sinal de que precisa do partido. O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), já se reuniu ontem em São Paulo com o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), e com Bornhausen para definir as coordenações estaduais da campanha de Serra. No dia anterior, os principais líderes dos Democratas tinham sido chamados para ter uma participação mais efetiva ao lado de Serra no segundo turno.

"A questão agora é a de intensificar os compromissos de campanha nos Estados, até porque o segundo turno é muito curto. Não podemos perder tempo, nem esse momento positivo provocado pela confirmação do segundo turno", afirma Maia.

Desde o início da campanha, os dirigentes nacionais do DEM estavam desconfortáveis com a falta de espaço na coordenação. Essa dificuldade de aproximação foi provocada por uma insatisfação mútua. O DEM preferia que o ex-governador mineiro Aécio Neves tivesse sido escolhido como candidato pelos tucanos, avaliando que ele teria maior potencial para atrair aliados de outros partidos e poderia bater a petista Dilma Rousseff. A preferência por Aécio fez com que Serra diminuísse seu contato com integrantes do DEM.

'Mentiras e futricas'
Na tentativa de mobilizar prefeitos paulistas em favor de sua candidatura, Serra discursou ontem em agenda de última hora para lideranças do DEM em um hotel na zona norte de São Paulo. Ciceroneado pelo prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab (DEM), Serra disse que "a torrente de mentiras e futricas" vai crescer nas próximas semanas e que é preciso destacar "valores" em busca da vitória no 2.º turno.

O encontro, denominado "Obrigado São Paulo, Unidos pelo Brasil", foi acordado pela coordenação de campanha do governador eleito Geraldo Alckmin (PSDB), que já trabalha por Serra. A pedido do tucano, Kassab reuniu 63 prefeitos em um auditório do hotel, que estava lotado de correligionários do DEM. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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