Mundo

Senadores do PR ameaçam deixar a base aliada do governo

Os políticos da legenda farão reunião no início da próxima semana para decidir se continuarão apoiando a presidenta Dilma Rousseff na Casa

A CPI nos Transportes pode não ser o único golpe que o governo sofrerá no Senado (José Cruz/ABr)

A CPI nos Transportes pode não ser o único golpe que o governo sofrerá no Senado (José Cruz/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2011 às 15h32.

Brasília - A criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes pode não ser o único golpe que o governo sofrerá no Senado. O PR se reunirá no início da próxima semana para decidir se continuará apoiando a presidenta Dilma Rousseff na Casa.

Para o senador Blairo Maggi (PR-MT), a tendência é que o partido assuma uma postura mais independente. “Acabei de acertar com o líder [do partido] uma reunião para a semana que vem. A gente não tem nada no governo, por que vai carregar [o governo]”, perguntou o senador, que chegou a ser convidado pela presidenta para assumir o ministério, depois da saída de Alfredo Nascimento (PR-AM).

O líder, Magno Malta (PR-ES), é favorável a deixar a base. “Vamos sair desse bloco [de apoio ao governo], vamos fazer apoio crítico ao governo. O que é bom é bom, o que é ruim é ruim. Porque eu não quero ser levado para a vala comum de bandido não”.

A mesma postura foi adotada pelo senador Vicentinho Alves (PR-TO), que sugeriu que os membros do partido que têm cargos no governo abdiquem. “Vamos caminhar com nossas próprias pernas. E que quem tiver cargos, que entregue. Não podemos ficar a reboque”.

Para a oposição, a saída do partido que tem seis senadores titulares e três suplentes pode favorecer ainda mais a criação da CPI. “Se o PR sair da base do governo pode ser uma grande contribuição na apuração da verdade”, afirmou o líder do DEM, Demóstenes Torres (DEM-GO).

Os oposicionistas conseguiram as 27 assinaturas necessárias para protocolar o pedido de criação da CPI. O trâmite, contudo, ainda não está concluído. A Mesa Diretora irá checar as assinaturas e deverá ler o documento para a investigação em plenário só amanhã. A partir daí, os senadores que assinaram o requerimento terão até a meia-noite para voltar atrás e retirar seu apoio, o que pode derrubar a instalação da comissão de inquérito.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoEscândalosFraudesGoverno DilmaPartidos políticosPolítica no BrasilPR – Partido da República

Mais de Mundo

Brasil está confiante de que Trump respeitará acordos firmados na cúpula do G20

Controle do Congresso dos EUA continua no ar três dias depois das eleições

China reforça internacionalização de eletrodomésticos para crescimento global do setor

Xiaomi SU7 atinge recorde de vendas em outubro e lidera mercado de carros elétricos