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Senado rejeita projeto republicano sobre dívida americana

Maioria democrata na Casa impediu a aprovação da proposta que já tinha recebido o sim dos deputados

A proposta apresentada pelos republicanos ganhou o apelido de "Reduzir, limitar e equilibrar" (Saul Loeb/AFP)

A proposta apresentada pelos republicanos ganhou o apelido de "Reduzir, limitar e equilibrar" (Saul Loeb/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2011 às 13h57.

Washington - Aliados democratas do presidente Barack Obama no Senado rejeitaram nesta sexta-feira um projeto de lei republicano que implicaria grandes cortes de gastos e um orçamento equilibrado sem aumentar impostos para evitar um default no início de agosto.

Por 51 votos contra 46, os legisladores votaram, como previsto, contra o projeto de lei "Reduzir, limitar e equilibrar", aprovdo pela Câmara de Representantes, de maioria republicana, no início da semana.

A decisão foi tomada em meio a difíceis negociações para aumentar o teto da dívida americana, atualmente em 14,3 trilhões de dólares, junto com um pacote de medidas para reduzir o déficit orçamentário.

O presidente Barack Obama afirmou nesta sexta-feira que reduzir o déficit sem aumentar a receita seria algo injusto, e pediu aos congressistas que alcancem um compromisso sobre a dívida federal, já que um default americano está em consideração.

Os republicanos exigem dos aliados democratas de Obama drásticos cortes de gastos para reduzir o déficit orçamentário, em troca de um aumento do limite da dívida, mas rejeitam aumentos de impostos para isso.

Lutar contra o déficit sem aumentar as receitas é absurdo e seria algo injusto para com a classe média, afirmou o presidente em um evento numa universidade de Maryland (leste), reiterando seu pedido para a aprovação de um plano equilibrado, que combine redução de gastos e uma maior pressão fiscal sobre os contribuintes mais ricos.

Faltando 11 dias para 2 de agosto, data-limite do Tesouro, os Estados Unidos poderão entrar em default se não alcançarem um acordo entre a Casa Branca e o Congresso, Obama rejeitou tal perspectiva.

"Declarar-se em moratória não está em consideração", declarou o presidente, que antes havia afirmado que os Estados Unidos "pagam suas contas".

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