Senado não vai divulgar salários de funcionários
O ato aprovado nesta quarta-feira pela mesa apenas regulamenta a maneira como os cidadãos terão acesso às informações produzidas pelo Senado
Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2012 às 22h25.
Brasília - O salários dos servidores do Senado estão a salvo da Lei de Acesso à Informação Pública. A mesa diretora aprovou nesta quarta um ato que regulamenta o processo de acesso às informações produzidas pela Casa, mas a diretora-geral, Doris Marize Peixoto, deixou claro que o Senado vê o vencimentos dos funcionários como uma informação protegida.
"A questão salarial individual é uma questão que tem apoio legal para não ser divulgado", afirmou, alegando a existência do sigilo bancário para que o Senado não forneça os dados. De acordo com a diretora, a estrutura salarial da Casa já está disponível na Internet. No entanto, essa estrutura não revela os salários reais dos servidores, sempre engordados com gratificações e outros penduricalhos a ponto de vários passarem do teto do funcionalismo público.
Uma lista revelada em agosto do ano passado pelo site Congresso em Foco mostrou que 464 servidores do Senado recebiam, em 2009, acima do teto da época, de R$ 24,5 mil mensais - inclusive Doris Peixoto, com um salário então de R$ 27.215,65. Havia funcionários recebendo até R$ 46 mil mensais. Nada indica que algo tenha mudado.
O ato aprovado nesta quarta-feira pela mesa apenas regulamenta a maneira como os cidadãos terão acesso às informações produzidas pelo Senado. Um comissão com representantes de todas as áreas que produzem documentos foi criada para analisar que tipo de classificação eles terão. A resposta terá que ser dada em 30 dias. Nesse meio tempo, a prioridade será dada para informações pedidas que não estejam hoje disponíveis.
Um balcão será criado para que os interessados peçam dados do Senado. Se estiverem já abertos, a orientação é que a resposta seja dada na hora. Se não, o interessado pode preencher um formulário e esperar a resposta do órgão responsável.
Foi definida ainda a estrutura de recurso. Se uma informação é negada pelo órgão responsável mas o requerente não concorda, pode pedir a reconsideração à Diretoria Geral da Casa, que fará uma nova análise. "Quisemos deixar as coisas o mais simples possível. São apenas duas instâncias", explicou Doris. De acordo com a diretora-geral, o Senado já responde a 80% das informações pedidas.
O Senado ainda não decidiu, no entanto, se passará a abrir na Internet o Boletim Administrativo da Casa, onde são publicadas as férias, licenças e outras informações sobre os servidores. Hoje o acesso é apenas pela Intranet do Senado. Dóris alega que pode haver questões pessoais. "Nós publicamos ali, por exemplo, as férias dos servidores. Se alguém vai viajar, isso pode trazer algum risco", alega. No Executivo, as férias, licenças e afastamento dos funcionários - incluindo os ministros - são todos publicados no Diário Oficial, aberto a quem se interessar.
Brasília - O salários dos servidores do Senado estão a salvo da Lei de Acesso à Informação Pública. A mesa diretora aprovou nesta quarta um ato que regulamenta o processo de acesso às informações produzidas pela Casa, mas a diretora-geral, Doris Marize Peixoto, deixou claro que o Senado vê o vencimentos dos funcionários como uma informação protegida.
"A questão salarial individual é uma questão que tem apoio legal para não ser divulgado", afirmou, alegando a existência do sigilo bancário para que o Senado não forneça os dados. De acordo com a diretora, a estrutura salarial da Casa já está disponível na Internet. No entanto, essa estrutura não revela os salários reais dos servidores, sempre engordados com gratificações e outros penduricalhos a ponto de vários passarem do teto do funcionalismo público.
Uma lista revelada em agosto do ano passado pelo site Congresso em Foco mostrou que 464 servidores do Senado recebiam, em 2009, acima do teto da época, de R$ 24,5 mil mensais - inclusive Doris Peixoto, com um salário então de R$ 27.215,65. Havia funcionários recebendo até R$ 46 mil mensais. Nada indica que algo tenha mudado.
O ato aprovado nesta quarta-feira pela mesa apenas regulamenta a maneira como os cidadãos terão acesso às informações produzidas pelo Senado. Um comissão com representantes de todas as áreas que produzem documentos foi criada para analisar que tipo de classificação eles terão. A resposta terá que ser dada em 30 dias. Nesse meio tempo, a prioridade será dada para informações pedidas que não estejam hoje disponíveis.
Um balcão será criado para que os interessados peçam dados do Senado. Se estiverem já abertos, a orientação é que a resposta seja dada na hora. Se não, o interessado pode preencher um formulário e esperar a resposta do órgão responsável.
Foi definida ainda a estrutura de recurso. Se uma informação é negada pelo órgão responsável mas o requerente não concorda, pode pedir a reconsideração à Diretoria Geral da Casa, que fará uma nova análise. "Quisemos deixar as coisas o mais simples possível. São apenas duas instâncias", explicou Doris. De acordo com a diretora-geral, o Senado já responde a 80% das informações pedidas.
O Senado ainda não decidiu, no entanto, se passará a abrir na Internet o Boletim Administrativo da Casa, onde são publicadas as férias, licenças e outras informações sobre os servidores. Hoje o acesso é apenas pela Intranet do Senado. Dóris alega que pode haver questões pessoais. "Nós publicamos ali, por exemplo, as férias dos servidores. Se alguém vai viajar, isso pode trazer algum risco", alega. No Executivo, as férias, licenças e afastamento dos funcionários - incluindo os ministros - são todos publicados no Diário Oficial, aberto a quem se interessar.